Educação 5.0: as habilidades socioemocionais no ensino básico

11 de outubro de 2023

Todo ser humano carrega uma bagagem e um repertório de vida que o torna um indivíduo único, com todas as suas virtudes e defeitos, não é mesmo? Por isso, a educação socioemocional está prevista na Nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC): por um ensino humanizado e sem caretices!

A nova diretriz compõe o pacote da chamada Educação 5.0, que reforça o uso das novas tecnologias para a promoção de um ensino capaz de gerar soluções e melhorar a vida em sociedade. Para isso, o universo escolar soma ao currículo de fórmulas matemáticas e conjugações verbais o desenvolvimento da autonomia, da criatividade, da empatia e do diálogo.

Quer saber, na prática, como a nova proposta promete revolucionar o mundo do ensino?

Então, vem, que a gente te explica!

Por que apostar da educação socioemocional no ensino básico?

Na avaliação de especialistas, a resposta para essa pergunta é bastante simples: porque é na escola que os estudantes convivem integralmente em sociedade e se deparam com a diversidade. Daí a importância de aprenderem a lidar com o diferente, exercitando a escuta e a voz ativa para a construção de diálogos genuinamente transformadores.

Claro que a busca por trabalhar a habilidade de cada aluno aprender a reconhecer as próprias emoções não inibe o surgimento de problemas, mas uma coisa é fato – prepara a criança ou o jovem para aprender a lidar melhor com eles, aumentando a resiliência emocional para vencerem os desafios intrínsecos à vida, lá na frente.

O que é educação 5.0

#PraTodosVerem: fotografia colorida de seis pequenas crianças da primeira infância abraçadas e muito felizes brincando, em uma sala de aula.

Não é de hoje que a tecnologia vem sendo aplicada no ensino a fim de torná-lo mais imersivo e engajador, mas, mais do que isso – agora as inovações têm papel fundamental na formação de pessoas capacitadas técnica e emocionalmente. E é nesse cenário que aparece a Educação 5.0.

O conceito é uma evolução da Educação 4.0, que agrega os mesmos pilares (aprendizado colaborativo, protagonismo do aluno, uso da tecnologia e foco nos conhecimentos digitais, matemáticos e lógicos) e ainda adiciona as competências socioemocionais na receita do bolo.

Para isso, entra em cena o trabalho nas habilidades inerentes a cada pessoa, as chamadas soft skills, ou habilidades comportamentais. E quando a escola passa a colaborar para que indivíduos aprendam a ter esse autodomínio, pronto:  a sociedade passa a contar com pessoas mais conscientes, produtivas e capazes de tomar decisões em qualquer situação.

A partir daí, as consequências são muitas, com reflexos positivos tanto para a melhoria do mercado de trabalho quanto para a criação de soluções sustentáveis que construam um futuro coletivo melhor. 

Entenda como chegamos, enfim, ao conceito da Educação 5.0, evoluindo com os movimentos anteriores:

  • Educação 1.0 — O professor é considerado o detentor do saber e passa uma carga de conhecimento aos alunos;
  • Educação 2.0 — Há a chegada de computadores e internet nas escolas e os laboratórios de informática são criados para estimular esse contato;
  • Educação 3.0 — Aparece o conceito de Big Data e as pesquisas são vistas como uma forma de aprimorar a qualidade do ensino e da aprendizagem, bem como formar estudantes pesquisadores;
  • Educação 4.0 — O aluno se torna o protagonista, que, com a ajuda da tecnologia, pode criar, experimentar e, assim, tomar decisões quanto ao próprio estudo.

Certo. A essa altura você já deve estar achando todo esse universo que agora se abre maravilhoso, mas uma dúvida pode estar pairando sobre sua cabeça…

Como implementar a educação socioemocional nas escolas?

#PraTodosVerem: fotografia colorida de 4 jovens estudantes adolescentes do ensino médio, conversando, enquanto caminham no corredor de uma escola.

A educação socioemocional parte, antes de tudo, do reconhecimento de que somos individuais, portanto, devemos estimular a individualidade dos estudantes nas práticas pedagógicas, uma vez que a ideia de que cada aluno é único se sobrepõem àquela em que todos são tratados como um só.

Daí para a frente, a escola deverá orientar os alunos para que reconheçam as próprias emoções, sabendo lidar com elas sem perder a perspectiva do outro, com proposição de atividades específicas de acordo com a faixa etária:

No ensino infantil – Por meio do estímulo ao reconhecimento das emoções e os caminhos para lidar com elas, sempre amparados por atividades lúdicas, práticas e reflexivas.

Um bom caminho são as atividades de autorretrato, utilizando desenhos em que possam expressar os sentimentos, além das linguagens musical e teatral, que tragam essa temática. A dica aqui é não perder a clareza em relação ao objetivo das experiências propostas.

A mímica, um clássico infantil, também pode ser uma atividade, situação em que as crianças podem anotar os sentimentos e as emoções em pedaços de papel e, em seguida, colocá-los em um saquinho à parte. A partir daí, os participantes vão pegando os papéis e iniciando os gestos para que seus colegas adivinhem. A prática estimula a comunicação e ainda incentiva reflexões acerca das maneiras de driblar ou lidar com os sentimentos mencionados.

No ensino fundamental – Nos anos iniciais desse período, os conflitos internos dos alunos se intensificam. Por isso, é hora de prepará-los para a educação socioemocional em quatro pilares: autoconhecimento, autorregulação, empatia e relacionamento. 

A dica é estabelecer uma rotina para a realização das atividades que incluam competências como a criatividade, o interesse artístico, a tolerância com a frustração e o estresse, além de foco, organização, responsabilidade e persistência.

Professores, famílias e alunos já contam com um material bem bacana, com exercícios de fácil aplicabilidade desenvolvidos pelo Instituto Ayrton Senna. O download é gratuito e está disponível neste link.

No ensino médio – Na etapa em que os estudantes estão vivendo a transição da adolescência para a fase adulta, o desafio é maior, mas a educação socioemocional ganha ainda mais relevância, já que o período é marcado por mudanças psicológicas diversas.

A orientação para as escolas é focar no desenvolvimento da criatividade, da comunicação e do relacionamento interpessoal com resiliência, porque trabalhar com as gerações desta faixa etária pode até dar mais trabalho, mas uma coisa é certa: o impacto dos aprendizados tem reflexos diretos na qualidade do ensino dos professores e de todo o ambiente escolar!

Nesta seara, o Instituto Ayrton Senna também preparou uma série de intervenções possíveis com essa turma, com sugestões úteis para gestores, professores, pais e filhos. Acesse e faça o download gratuito aqui.

#PraTodosVerem: fotografia colorida com foco em um jovem estudante do ensino médio, sentado em uma sala de aula. Ele olha para a câmera, sorrindo. Ao fundo, a imagem desfocada de dois estudantes, também sentados em suas carteiras.

Agora que o desenvolvimento da individualidade de cada aluno também é um eixo que colabora demais para o avanço das pautas de Direitos Humanos, conte para a gente nos comentários: como mãe ou pai, qual a maior dificuldade de implementar a educação socioemocional no dia a dia com seu filho? E você, gestor ou professor, sente algum impedimento no ambiente escolar?

Fonte: Dialogando - Educação 5.0: as habilidades socioemocionais no ensino básico Dialogando

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