O desmatamento e o esgotamento de recursos naturais preciosos é um dos grandes problemas ambientais que assola o Brasil: em 2016, o desmatamento bateu recordes na região amazônica, que perdeu quase 8 mil km² de floresta, segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
Alguns dispositivos tecnológicos têm colaborado com estes dois processos com inovação, dando legitimidade e visibilidade para comunidades locais, além empoderar a população do restante do país para ajudar.
Um deles é um projeto do Google que inclui nas plataformas Maps e Earth as mais de 400 terras indígenas demarcadas: é possível localizar essas terras pelos nomes das etnias (como Kayapós, Yanomami e Guarani-Kaiowá) ou dos locais (como Badjonkore, Pirakua e Zoró).
O projeto se iniciou quando o líder do povo Suruí, Almir Suruí, conheceu o Google Earth e enxergou nessa tecnologia uma forma de mapear a cultura de sua comunidade, além de comprovar como a preservação da natureza local está ligada com a presença dos nativos.
E isso de fato acontece: com a funcionalidade de Time Lapse do Google Earth fica claro como a presença de comunidade locais e indígenas mantêm “ilhas” de floresta saudável mesmo com o aumento do desmatamento.
Além disso, a iniciativa também funciona como meio de legitimação desses territórios. O processo de demarcação, que já não era simples, sofreu alterações recentes que o tornaram ainda mais complexo e burocrático. A presença em ferramentas tão populares e acessíveis é uma maneira de dar força e voz para estes povos indígenas.
O projeto com o povo Suruí rendeu ainda mais frutos: depois de mapear outras 30 comunidades da Amazônia, o Google também lançou Eu Sou Amazônia.
O projeto traz 11 histórias interativas sobre diferentes realidades de pessoas da região, em diversas mídias, com um objetivo: mostrar que, de longe ou perto, estamos todos conectados. Confira o vídeo acima para saber mais.
Também existem projetos que nos incentivam a agir para proteger a Amazônia e sua população local. É o caso do Origens Brasil, uma iniciativa da ONG Imaflora, que incentiva e ajuda a manter a produção das comunidades da Amazônia, fazendo uma ponte entre os produtores locais e grandes marcas.
Desta forma, todos os produtos que fazem parte do projeto levam um selo, que é também um QR Code, que proporciona ao consumidor final uma janela para a história da matéria-prima utilizada ali, bem como para a história de quem a cultivou ou produziu.
Um ótimo exemplo de como uma tecnologia simples para nós pode fazer tanta diferença para essas comunidades, para o Brasil e para o planeta.