O tempo de acesso à Internet nem sempre representa um problema. Para avaliar se o uso da tecnologia está prejudicando o desenvolvimento de uma criança ou adolescente, não devemos estabelecer apenas a quantidade de tempo de uso, mas também a qualidade deste uso. O uso pode ser criativo, desenvolver capacidades e habilidades, agregar conhecimento, mas também pode ser empobrecedor. É importante que os pais avaliem cada caso e percebam sinais.
Veja se seu filho exagera no uso da Internet:
• Ele tem dificuldade para controlar, diminuir ou interromper o tempo que passa on-line?
• Não consegue estudar nem fazer as tarefas da escola porque fica navegando na Internet?
• Qualquer tempo livre que tem passa na Internet?
• Conversa mais com os amigos on-line do que com amigos fora da Internet?
• Esquece de comer ou ir ao banheiro para ficar jogando?
• Prefere ficar on-line a fazer qualquer outra atividade off-line?
• Fica ansioso e/ou nervoso quando está sem acesso à Internet?
• Só consegue pensar e se preocupar em ter acesso à Internet em qualquer situação?
• A criança não consegue cumprir todas as suas obrigações, como tarefas em casa e deveres da escola, porque está sempre na internet.
• Em sala de aula o rendimento cai e muitas vezes a criança ou o adolescente tem sono ou dificuldade de concentração.
• Sente irritação e ansiedade quando não pode ficar conectado.
Dicas para os pais e responsáveis:
• Proibir o uso não educa, nem previne. Diálogo e negociação são palavras-chave para estabelecer regras e limites.
• Faça um acordo estipulando limites e horários, negocie possíveis sanções se o acordo não for cumprido.
• Lembre-se que quanto menor for a criança, menor deve ser o tempo de uso.
• Um desenvolvimento saudável é aquele rico de oportunidades de aprendizagem e lazer, diversifique as oportunidades que oferece ao seu filho.
• Incentive a busca de soluções criativas dos próprios adolescentes e jovens, envolvê-los no problema.
• Para filhos adolescentes, perguntar como pode ajudá-los pode ser o primeiro passo para mudanças, pois abre oportunidades para eles se colocarem e participarem das escolhas e das soluções.
• Se notar que está ficando obcecado ou fixado numa coisa só, é hora de mudar.
• Se não perceber que não consegue estabelecer limites e saber a hora de parar, peça ajuda
• A escola tem um importante papel na medida em que pode orientar a família dos alunos a negociar limites e estabelecer regras