As crises climáticas já são uma realidade em todo o planeta, e isso não vem de hoje. Desde o ano de 1972, para refletir sobre esse cenário alarmante, foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, o Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho.
Por saber da importância da data e dos muitos motivos pelos quais devemos celebrá-la, é que criamos este artigo. Continue a leitura do texto e saiba mais sobre os desafios ambientais atuais e o que fazer para contribuir positivamente com o planeta.
Boa leitura!
Por que o Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado?
Comemorado em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente tem como finalidade chamar a atenção da população global para os impactos ambientais negativos, como poluição, mudanças drásticas no clima e perda de biodiversidade, decorrentes do uso desenfreado dos recursos naturais na sociedade.
Além disso, a data tem também o objetivo de sensibilizar todos os cidadãos sobre a importância de preservar o meio ambiente e estimular ações governamentais e individuais para a conservação do planeta.
Problemas antigos de degradação ambiental
A degradação ambiental é um problema que o mundo vem enfrentando há séculos. Para sermos mais precisos, vem desde a primeira revolução industrial, em 1760, de modo cada vez mais crescente e assustador. Com a queima de combustíveis fósseis para energia, a liberação intensa de gases de efeito estufa vem contribuindo, a cada dia, para o aquecimento global.
Junto a isso, fatores como:
- derrubada das árvores para o seu uso na industrialização;
- degradação do solo em conjunto com o aumento da agropecuária;
- poluição das águas por conta do descarte de resíduos industriais e domésticos em rios e oceanos;
- contaminação do solo e da água potável devido ao uso excessivo de pesticidas e fertilizantes químicos têm acelerado o desequilíbrio do ecossistema e afetado a saúde humana e animal em todo o planeta, comprometendo a nossa qualidade de vida como um todo.
Desafios atuais em relação ao meio ambiente
De acordo com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, a exploração e degradação ambiental intensiva afetavam, em 2022, cerca de 3 milhões de pessoas.
Somado a isso, a poluição é, também, segundo o chefe da ONU, a responsável pelo falecimento prematuro de 9 milhões de seres humanos e pela morte de mais de um milhão de plantas e animais por ano, que hoje se encontram em risco de extinção.
Nesse sentido, os problemas ambientais antigos, bem como a sua aceleração e intensificação ao longo dos séculos apontam para os desafios atuais, que a sociedade precisa enfrentar. Aqui, destacamos os principais:
- Mudanças de padrões climáticos.
- Eventos extremos – como secas, inundações e tempestades (exemplo disso é o caso recente de muitas chuvas e inundações em Porto Alegre, região sul do Brasil).
- Aumento das temperaturas globais.
- Perda de biodiversidade (com a extinção de diversos tipos de animais).
- Tonelada de plásticos nos oceanos.
- Aumento do nível do mar.
- Cidades congestionadas e poluídas.
- Poluição sonora, que pode acarretar problemas como doenças cardíacas, diabetes, distúrbios mentais, de audição, além de afetar os animais que ficam próximos das rodovias e de centros urbanos.
- Piora da qualidade do ar, que causa problemas respiratório e cardiovascular na população.
- Rios envenenados.
- Desmatamento da Amazônia.
Previsões
Caso medidas efetivas não sejam tomadas, as previsões para o futuro do meio ambiente são bastante preocupantes. É o que mostra o estudo de cientistas do mundo todo: se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no mesmo ritmo, as temperaturas globais poderão aumentar mais de 3°C até o final deste século.
Isso levará ao descumprimento da meta do acordo de Paris, que é manter o aquecimento abaixo de 2°C.
Com base no relatório divulgado, em maio de 2023, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a crescente degradação ambiental e a falta de ações globais efetivas para a preservação da natureza ameaçam o futuro do planeta e a incapacidade de colocar em prática os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Até o presente momento, nenhum dos objetivos globais, segundo o Sustainable Development Report 2023, foi totalmente alcançado. Isso porque, embora a camada protetora de ozônio do planeta esteja sendo restaurada, ainda existe um longo caminho para reduzir a poluição do ar e da água, por exemplo.
As consequências disso são a escassez de água potável, o aumento da desigualdade social (já que as pessoas mais vulneráveis e os países mais pobres são os afetados com maior intensidade), insegurança alimentar, migração forçada da população, secas prolongadas, conflitos sociais e econômicos, aumento de doenças e mortes ocasionadas pela poluição, entre outros problemas.
O que precisamos fazer?
Diante de tantos desafios climáticos, a pergunta que se fica é: o que precisamos fazer para transformar este cenário ambiental? Em seu discurso na Assembleia da ONU para Ambiente, realizado no Quênia, António Guterres defende que é preciso que os governos:
- Façam uma transição justa dos combustíveis fósseis para as energias renováveis.
- Criem estratégias para lidar com fenômenos meteorológicos extremos.
- Proporcionem justiça climática.
- Controlem a poluição.
- Protejam e restaurem os ecossistemas.
- Elaborem novo tratado sobre a poluição causada pelos sacos plásticos.
- Ampliem o financiamento para o desenvolvimento sustentável.
- Realizem ações climáticas e de biodiversidade nos países em desenvolvimento.
O relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) propõe ainda outras medidas importantes, como a redução das taxas de carbono, a eliminação gradual de subsídios prejudiciais (exemplo disso são os mais de US$ 5 trilhões destinados para os combustíveis fósseis e agricultura e pesca não sustentáveis) e o acesso a financiamento de juros baixos para países em desenvolvimento.
No entanto, vale lembrar que o trabalho deve ser feito em conjunto. Isto é, que ele envolva não só os governos, como também as empresas e a sociedade civil como um todo.
Trabalho feito por todos
E se ainda há dúvida sobre o que você pode fazer no dia a dia para contribuir com a transformação do cenário ambiental, aqui destacamos ações essenciais:
- Reduzir o consumo de sacolas e outros plásticos.
- Reutilizar.
- Reciclar.
- Fortalecer a economia local (comprar de produtores e empreendedores do seu bairro e sua cidade, por exemplo).
- Ter consciência do processo de produção do que se consome.
- Saber de onde vem a comida que come.
- Se informar sobre as políticas ambientais que estão sendo defendidas e aplicadas no Brasil e no mundo.
- Apoiar projetos e políticas públicas que visem proteger o meio ambiente.
- Consumir produtos de empresas sustentáveis.
- Participar de programas voluntários para atuar na área ambiental.
Os desafios para que o mundo possa seguir pelo caminho da sustentabilidade e desenvolvimento são enormes. Por isso, os esforços coletivos são cruciais para que ocorra a redução dos impactos ambientais, os quais já são uma realidade em todo o planeta.
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Até a próxima!