A Internet das Coisas (IoT) deixou de ser um conceito futurista para se tornar parte do cotidiano. Mais do que isso, essa ferramenta tem se tornado uma forma eficiente de otimizar recursos naturais e impulsionar a sustentabilidade em contextos domésticos e empresariais.
Acompanhe o texto a seguir e entenda:
- O que é o IoT verde;
- Casas conectadas e IoT;
- IoT para empresas e indústria;
- Desafios do IoT verde e como pode reduzir impacto no planeta.
Boa leitura!
O que é IoT e por que ela é “verde”?

A Internet das Coisas (IoT) é uma rede de dispositivos interconectados que coletam, processam e trocam dados em tempo real. Esses dispositivos, como sensores, software e outras tecnologias, são capazes de tomar decisões automáticas ou enviar informações para que os usuários ajam com mais precisão.
Mas o que torna a IoT “verde”? O adjetivo está ligado à sua capacidade de otimizar o uso de energia e recursos naturais. Assim, muito mais do que conveniência e automação, há um aspecto fundamental em destaque: a sustentabilidade.
Dessa forma, os dispositivos conectados passam a operar com base em dados concretos, operando para identificar desperdícios, ajustar padrões de uso e contribuindo para práticas mais ecológicas.
Alguns exemplos dessas inovações tecnológicas são os sensores de presença que desligam luzes automaticamente; os sistemas de irrigação que só funcionam quando o solo está seco e os medidores inteligentes que equilibram o uso de energia nos horários de pico. Todas essas soluções fazem parte da chamada IoT na redução de consumo de energia.
Casas conectadas e sustentáveis com IoT
As casas conectadas com IoT representam não só mais conforto e segurança, como também mais eficiência e sustentabilidade. Isso porque a utilização torna possível monitorar o uso de água, energia e até gás, ajustando automaticamente o funcionamento de aparelhos conforme a necessidade.
Ou seja, ela auxilia no combate ao desperdício e em uma vida doméstica mais consciente. Confira só alguns exemplos de como a IoT já pode ser utilizada hoje nas casas:
Iluminação inteligente
Muito utilizada em prédios e condomínios, as lâmpadas conectadas a sensores de presença e aplicativos são muito eficientes, pois são programadas para desligarem automaticamente quando não há ninguém no ambiente. É isso que possibilita uma maior economia de energia.
Termostatos inteligentes
Por regularem a temperatura com base na presença de pessoas, no clima externo e até em rotinas aprendidas ao longo do tempo, essa tecnologia contribui para otimizar o consumo de energia em sistemas de climatização.

Eletrodomésticos eficientes
Muitas máquinas de lavar e geladeiras possuem sensores de carga e temperatura que ajustam o funcionamento conforme o uso real, contribuindo assim para o consumo mais eficiente e sustentável de energia e do consumo de água.
Irrigação automatizada
Em fazendas e contextos rurais, é possível utilizar a irrigação automatizada para economizar água. Isso porque a tecnologia conta com sensores de umidade e previsões meteorológicas, que podem acionar a rega apenas quando o solo realmente precisa.
Além de conforto e otimização dos recursos naturais, essas soluções contribuem para a redução de emissões de carbono, já que diminuem a demanda energética nas redes públicas. Ao longo do tempo, o impacto é significativo. Tanto na conta de luz quanto na pegada ambiental do lar.
IoT para empresas e indústrias
Para além da aplicação em contextos residenciais, a IoT verde também pode ser aplicada de forma eficiente em empresas e indústrias. Nas cidades, os Smart Buildings (edifícios inteligentes) e Smart Grids (redes elétricas inteligentes) são exemplos concretos dessa transformação tecnológica.
Acompanhe a seguir os diferenciais de cada uma dessas inovações:
Smart Buildings: eficiência e sustentabilidade corporativa
Os Smarts Buildings, conhecidos como edifícios inteligentes, são estruturas modernas e extremamente tecnológicas. Utilizam sensores, sistemas automatizados e análise de dados para reduzir o consumo de energia e água, aumentar a segurança etc.
Para isso, oferecem aos proprietários insights que os ajudam a melhorar a eficiência do edifício e a aumentar o conforto dos ocupantes, a partir da utilização de alguns recursos, como:
- Ajuste automático da iluminação e climatização com base na ocupação dos ambientes;
- Monitoramento do desempenho energético em tempo real, permitindo intervenções rápidas em caso de desperdício;
- Controle do uso de elevadores, escadas rolantes e equipamentos elétricos de modo eficiente;
- Utilização de fontes renováveis de energia, como painéis solares integrados à rede inteligente do prédio.
O resultado é um espaço corporativo mais sustentável e econômico, que consome menos, gera menos resíduos e proporciona bem-estar aos colaboradores.
Smart Grids: otimizando o consumo de energia

As Smarts Grids, por sua vez, são redes elétricas inteligentes utilizadas para tornar o sistema mais eficiente, seguro e sustentável. Desse modo, a IoT permite que as concessionárias de energia e os próprios consumidores monitorem em tempo real o fluxo elétrico, detectando falhas e redistribuindo o uso de forma eficiente. O seu uso possibilita:
- Equilibrar a oferta e a demanda energética, evitando sobrecargas;
- Integrar fontes de energia limpa, como solar e eólica, ao sistema;
- Reduzir perdas de energia durante a transmissão e distribuição;
- Dar mais autonomia ao consumidor, que passa a controlar seu próprio consumo.
Empresas que adotam essas práticas também reduzem custos operacionais, fortalecem sua reputação ambiental e contribuem para metas globais de descarbonização.
Desafios e o futuro da IoT verde
Apesar de trazer muitos benefícios para o planeta, a IoT verde apresenta muitos desafios que precisam ser superados para que seu potencial seja plenamente explorado, como por exemplo:
1. Consumo energético dos próprios dispositivos
Ao mesmo tempo em que os dispositivos de IoT podem contribuir para a redução significativa do recurso da eletricidade em diferentes contextos, essas tecnologias demandam um consumo alto de energia para serem criadas e utilizadas.
Nesse sentido, o desafio maior está em garantir que o saldo ambiental seja positivo, ou seja, que a economia gerada compense o gasto dos equipamentos e servidores que sustentam as redes inteligentes.
2. Segurança e privacidade dos dados
A coleta massiva de informações sobre hábitos de consumo, presença e uso de energia exige medidas rigorosas de proteção de dados. Sem isso, a expansão da IoT pode esbarrar em questões éticas e de segurança digital.
3. Custos de implementação
Embora os preços estejam sendo reduzidos aos poucos, graças à sua popularização, ainda há um custo inicial para instalar sistemas de IoT em larga escala, tanto em casas quanto em empresas. Nesse contexto, políticas públicas e incentivos fiscais podem ajudar a democratizar o acesso à tecnologia verde.
4. Integração e interoperabilidade
Para que a IoT funcione plenamente, é preciso garantir que diferentes dispositivos e plataformas “conversem” entre si. A padronização de sistemas e protocolos é essencial para o futuro da IoT na redução do consumo de energia.
O que esperar do futuro?

Com os avanços constantes e a expansão da conectividade, o futuro aponta para um mundo em que tudo estará interligado, operando de forma inteligente e sustentável.
Desse modo, acredita-se que os impactos da IoT verde sejam ainda maiores e em larga escala. Graças, principalmente, ao investimento de governos e empresas em cidades inteligentes, será possível viver em realidades onde o monitoramento ambiental, a mobilidade urbana e a gestão de resíduos sejam integrados por meio da IoT.
Seja nas casas conectadas, que reduzem o consumo e melhoram o conforto, ou nos ambientes corporativos e industriais, que usam dados para decisões mais conscientes, a IoT verde mostra que o progresso pode, e deve, caminhar lado a lado com a preservação do meio ambiente.
Para isso, é preciso, antes, superar alguns desafios que envolvem a participação tanto de governos quanto de empresas para tornar essa realidade cada vez mais acessível para todos.
Gostou de ver como a IoT verde pode auxiliar a otimizar recursos naturais? Aqui, no Dialogando, a gente sempre fala em como a tecnologia pode auxiliar o mundo a ser um lugar melhor.
Até a próxima!