“Como eu conheci seu avô? Foi assim: naquela época, a gente usava muito smartphone, para tudo – inclusive para namorar.” Como visto, muitas histórias de amor que serão contadas para as crianças do futuro vão começar assim.
Não dá pra ignorar o quanto a tecnologia mudou a forma como nos relacionamos em geral. Seja com nossas famílias e amigos, mas também na forma como procuramos e mantemos nossas relações amorosas.
Um dos pontos de destaque é a aproximação de duas pessoas distantes que dificilmente se encontrariam na vida “real“. Porém, hoje com a ajuda de aplicativos e sites podem se encontrar. Fato é que a proximidade, em outras épocas, era um fator mais importante para o casamento, por exemplo.
Amor na época das cartas
Uma pesquisa realizada em 1932 pelo sociólogo James H. S Bossard, da Universidade da Pensilvânia, analisou 5 mil certidões de casamento. Sua constatação foi que um terço dos casais moravam, antes do matrimônio, a uma distância de até cinco quadras uns dos outros. E um em cada oito casais já moravam no mesmo prédio!
Hoje em dia, tanto pelos avanços tecnológicos no transporte quanto pela evolução na comunicação, é possível encontrar casais que se relacionam até mesmo em continentes diferentes.
Amor na época das notificações
Essa expansão de horizontes, somado a outros fatores da estrutura social, como a emancipação das mulheres e os avanços dos direitos civis, aumentaram as possibilidades das pessoas na busca por um parceiro.
Um dos resultados imediatos é que hoje em dia as pessoas se casam mais velhas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 1974 a idade média de casamento para mulheres era 23 e para homens 27; em 2014, essa média passou a ser 27 anos para as mulheres e 30 anos para os homens. Trata-se de uma tendência em diversos outros países do mundo.
Há outro desdobramento que pode ser apontado como consequência desse aumento de possibilidades. A motivação que as pessoas têm quando procuram um parceiro para a vida. Antes, procurava-se uma pessoa com um bom potencial para construir uma família, enquanto hoje essa busca é muito mais idealista.
Para a psicoterapeuta Esther Perel, escritora e especialista em casais, buscamos o amor e as exigências não são simples. Procuramos uma pessoa que seja ao mesmo tempo o melhor amigo e o amante, a segurança e a surpresa, a novidade e a familiaridade.
Hoje ficou mais fácil se relacionar com alguém que, em vez de morar na mesma quadra, vive em outra cidade ou país, e muitos estão dispostos a lidar com essas distâncias em nome de uma nova expectativa em relação ao amor.
O ambiente online atualmente é um dos meios mais usados para encontrar parceiros, e muitas histórias de amor começarão como a do nosso primeiro parágrafo. E as histórias de amor do futuro, você consegue imaginar? Deixe seu palpite nos comentários.
Tudo certo na era digital.
Danilo, muito bom ter sua presença no portal! Confira novos textos na home do Dialogando!
Ameiii o artigo e site de vocês, estão de parabéns, otimo conteudo e de facil entendimento, obrigada!
Valeu, Renata! Estamos trazendo agora uma nova equipe de curadores para o site. Acompanhe mais nessa matéria.
Adorei o artigo! Sou uma prova viva dessa era digital. Estou namorando há 1 ano com um português através da internet, e em junho me mudo para lá para nos casarmos.
Parabéns pelo site gostei muito. 😉
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