Para que serve o polegar?
Parece só mais um dedo, mas ele é o único que consegue facilmente tocar todos os outros da mão.
E você acabou de olhar para sua mão e testou, não é?
É graças a ele que podemos fazer uma pinça com o indicador e segurar coisas simples, como um talher.
Reparou?
Pois o polegar está se desenvolvendo nas mãos dos mais jovens como uma ferramenta ainda mais eficiente. Com ele, essa galera compra comida, viaja, organiza uma festa, compra um tênis e arruma até namorada. Chamados de nativos digitais – pois nasceram no meio de uma impressionante evolução tecnológica. É a geração on-demand, expressão em inglês que pode ser traduzida como pronta entrega. Prontíssima entrega, aliás.
Eles obtêm entretenimento, informação e conhecimento na hora. Não sabem o que é parar na calçada e aguardar um táxi, entrar na fila para comprar um sanduíche ou ir a uma loja comprar o DVD do show do artista favorito. Usam quatro dedos para apoiar o smartphone e com o polegar chamam o jantar, escutam a música que querem, assistem ao filme que bem entenderem e vão para onde lhes der na cabeça sem ter que esticar o braço para isso. Basta o celular. O mundo é um shopping digital, que satisfaz suas necessidades e vontade por meio de acesso imediato a bens e serviços.
Essa geração mudou o mercado. A cada dia que passa, as empresas estão se adaptando para atender a essa nova espécie de consumidores, que não para de crescer. Há as que saíram na frente, antecipando-se e alimentando a tendência. É o caso da Apple, ao criar a iTunes Store em 2003 (inicialmente chamada iTunes Music). Há também as que já tinham a infraestrutura necessária, como a rede de hotéis Hilton, que oferece mais de 600 mil quartos em quase 90 países.
Basta um aplicativo bem feito e até uma pequena pizzaria pode fazer sucesso com os nativos digitais. Basta ser bom, rápido e flexível.