Independentemente de onde moram ou estudam, se pertencem à rede pública ou particular de ensino: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que alinha as aprendizagens essenciais para a formação dos alunos e atua como balizador da qualidade da educação básica no Brasil.
De dois anos para cá, ela vem sendo implementada em nossas escolas, ainda que a palavra de ordem para 2020 e 2021 tenha sido uma só: desafio.
As situações adversas do indesejado período pandêmico deram protagonismo jamais visto à tecnologia na história da educação em todo o mundo!
Aliás, se o setor educacional não parou literalmente, foi graças às inovações digitais, que mantiveram educadores e estudantes unidos, mesmo fisicamente distantes.
Lembra quando pais e professores viam a tecnologia como uma ameaça à educação? Então!
Em 2022, a Base Nacional Comum Curricular deverá ajudar gestores a recuperar os atrasos na aprendizagem promovidos pela covid-19. E a boa nova é que, dentre as premissas do novo currículo, constam a adoção de tecnologias digitais para a modernização dos recursos e práticas pedagógicas. Mudanças importantes para o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias ao século XXI.
Confira!
A tecnologia na Base Nacional Comum Curricular
A tecnologia norteia a Base Nacional Comum Curricular no todo, mas fica mais fácil explicar sua aplicabilidade a partir das competências gerais da base, especialmente no que tange às competências 4 e 5:
“4. Utilização de diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.”
(Fonte: Base Nacional Comum Curricular)
“5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
(Fonte: Base Nacional Comum Curricular)
Perceba que a competência 4 trata da inclusão digital como um caminho para que estudantes possam se manifestar, agregar e compartilhar vivências e conhecimentos. Já a competência 5 busca dar protagonismo ao jovem por meio de suas próprias experiências com as tecnologias digitais, com impactos para toda a sociedade que o cerca.
Na Educação Infantil
Na Educação infantil, a Base Nacional Comum Curricular determina que a tecnologia deve ser um direito das crianças e uma aliada do desenvolvimento das mesmas. As inovações aplicadas ao ensino terão que incentivar a convivência e os atos de brincar, participar, expressar e conhecer a si mesmo.
“Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.”
(Fonte: Base Nacional Comum Curricular)
Nessa fase, a aplicação de inovações digitais terá que estimular o pensamento crítico, criativo e lógico, a curiosidade, o desenvolvimento motor e a linguagem.
No Ensino Fundamental
Na etapa que contempla do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, as inovações digitais entram como forte aliada no processo de ensino-aprendizagem de forma mais direcionada às competências particulares a cada área do conhecimento.
Aqui, os professores também deverão orientar seus alunos para o uso consciente, crítico e responsável da tecnologia, tanto em sala de aula, quanto para a resolução de situações cotidianas.
Metodologias ativas
Os novos tempos são desafiadores, e os papéis estão mudando. O educador não é mais o único responsável pela condução do ensino, ele passa a ser um orientador do processo. Já o estudante, assume o papel de protagonismo no próprio aprendizado.
É neste contexto que surgem as metodologias ativas, novo método pautado em salas de aula invertidas, ensino híbrido, rotação por estações e a gamificação.
A adoção de meios mais modernos facilitam a aplicação das normas propostas pela Base Nacional Comum Curricular, já que orientam professores para a inclusão e utilização da tecnologia como instrumento poderoso na complementação de práticas pedagógicas.
Conheça o texto completo do novo currículo aqui!