O sonho da experiência de compra é entrar na loja, escolher os produtos e ir embora, sem ter que enfrentar filas nos caixas. Mas esta já é uma das comodidades que a pioneira Amazon Go, loja-conceito de alimentos e bebidas da gigante em Seattle (EUA), oferece aos consumidores. Na esteira da inovação, a rede Bingo Box implantou na China um modelo similar, em que o cliente executa todo o processo sozinho. Não há nem funcionários no local. Mas como isso é possível?
Nos dois casos, tudo o que o usuário precisa fazer é baixar um aplicativo e criar sua conta. A partir daí, ao visitar a loja, sua presença é identificada e tudo o que ele retirar das prateleiras é virtualmente registrado – na Amazon Go, por meio de sensores, e na Bingo Box, por leitura de QR Code no celular. Ao sair, a compra é registrada e a cobrança vai direto para sua conta.
O desenvolvimento de novos recursos tecnológicos como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, reconhecimento facial e chatbot possibilitaram a criação de um novo modelo de ponto de venda físico, mas totalmente conectado ao mundo virtual. Tudo para atender a nova tendência do mercado varejista global: a operação omnichannel, ou “todos os canais” em tradução livre.
Ao contrário do que se imaginava, o e-commerce não substituiu as lojas físicas, fazendo com que ambos sejam complementares. E as redes sociais abriram outros caminhos de engajamento e vendas. Primeiro, esse movimento obrigou empresas de todos os portes a se tornarem multichannel, com atendimento em várias interfaces. Agora, para não ficar para trás, é preciso que todos os canais estejam integrados e interajam com o cliente em tempo real.
No Brasil, o conceito de compra começou a ser testado com a inauguração em da Omnistory, denominada a “loja do futuro”. Ali, o cliente tem liberdade para escolher como quer conduzir suas compras. Pode ser de maneira totalmente digital, acessando o aplicativo, o call center ou vending machine após selecionar o produto nos displays eletrônicos ou independente, onde pega o artigo na gôndola, escaneia a etiqueta, paga com carteira digital e leva na hora, sem precisar falar com ninguém.
Há avanços importantes também para os empreendedores. Hoje, a Omnistory oferece itens de saúde e beleza, mas a intenção é mudar a cada quatro meses, podendo vender qualquer coisa. Campanhas e ofertas podem ser customizadas rapidamente nas vitrines digitais e as etiquetas são inteligentes, alterando instantaneamente no caso da programação de ofertas ou novos produtos.
Como em toda evolução, existem desafios a superar para que as lojas do futuro se tornem comuns. Fontes do mercado afirmam que a Amazon Go ainda não abriu oficialmente ao público porque a empresa tenta solucionar falhas na leitura dos sensores de identificação dos clientes quando há mais de 20 pessoas no local. A atualização dos dados em tempo real para todos os canais ainda é um entrave para muitas empresas.
Para quem continuar no varejo, a adaptação será inevitável. Ao que tudo indica, assim como a conectividade, a demanda omnichannel é uma transformação sem volta. Quem sobreviver neste mercado, terá sucesso.
Ótima leitura.
Que bom que você gostou da matéria, Ronivaldo. Parece que estamos cada vez mais próximos do futuro, não é? Esteja preparado, acompanhe novidades na nossa seção de Inovação do site. ?
ESTE EH UMA REALIDADE,POIS A CADA DIA TEM QUE SURGIREM NOVOS M,ETODOS DE VENDAS SOFISTICADOS COMO ESTE DA AMAZOM GO,TENHO CERTEZA QUE EM BREVE O MUNDO TODO IRA SE INTERESSAR POR ESTE IMPORTANTE RECURSO DE VENDAS,E COM ISTO DIMINUINDO OS CUSTOS DE SE TER UMA LOJA COM MUITOS FUNCIONARIOS,PARABENS,ESPERO PODER VER UMA LOJA DESTA DA AMAZOM GO NO MEU ESTADO DO ESPIRITO SANTO-CIDADE DE VITORIA, 31\10\2017
Por mais que acreditemos que esse futuro esteja distante, devemos acompanhar essas mudanças nos próximos anos!
Muito Bom saber que estamos inovando na área de competividade.
Muito bacana mesmo, não é Meiry? Depois dê uma conferida no nosso texto ‘Robô, a melhor companhia para as compras’. ?