É, não tem jeito. A IA continua roubando a cena dos noticiários desde que o mundo se viu deslumbrado pelas capacidades do ChatGPT.
Mas o momento é polêmico. De um lado, temos as últimas confissões de Sam Altman, CEO da OpenAI e desenvolvedor da inovação, que, recentemente, apareceu no Twitter manifestando preocupação com o uso dos chatbots para a geração de notícias falsas em larga escala. De outro, uma série de empresas preparando seus terrenos para concorrer com a ferramenta.
É cedo ainda para cravar os impactos da tecnologia no mundo do trabalho, mas o que já se sabe é que todos os setores passarão por transformações.
De acordo com estudos recentes da própria OpenAI, escritores, tradutores, jornalistas, contabilistas e programadores sentirão em um nível maior a influência desses sistemas. Em contrapartida, a inovação deverá criar novos postos de trabalho. Aí, quem vai se dar bem serão os analistas e cientistas de dados, treinadores de algoritmos, entre outras profissões ligadas à cibersegurança.
Por aqui, aliás, já entregamos uma relação superbacana com essas e outras carreiras em tecnologia para quem não quer passar perrengue em um futuro que já é agora. Só clique e confira!
Depois, retorne, porque a lista de concorrentes do ChatGPT está que só cresce.
Entenda!
Para além do ChatGPT: as concorrentes
1 – Bard
O Google liberou o acesso antecipado ao Bard – seu rival do ChatGPT – a alguns usuários selecionados nos EUA e no Reino Unido. Mas, se você for assinante de algum serviço de VPN (Rede Privada Virtual) da empresa, é possível se inscrever mesmo no Brasil. Para isso, acesse a lista de espera na página bard.google.com, faça login com a sua conta Google, aceite os termos de serviço e aguarde.
Assim como o modelo da OpenAI, a ferramenta oferece uma caixa de texto para fazer perguntas, mas entrega três respostas para cada consulta do usuário e, abaixo de cada uma, o botão “Google It”, que redireciona para uma pesquisa relacionada na página de buscas do Google.
Hoje, o ChatGPT entrega apenas uma resposta e não redireciona para a página de buscas do Bing, de sua parceira Microsoft.
Segundo o Google, a inovação vem passando por testes para evitar tendências de bots de IA que podem inventar ou passar informações de baixa confiabilidade.
2. Meta
Em fevereiro, Mark Zuckerberg, o chefão da Meta, anunciou que a companhia vai entrar no ring das disputas pelos programas de IA para sistemas de linguagens com uma ferramenta em desenvolvimento que pretende auxiliar profissionais do âmbito científico na elaboração de projetos.
Por isso a empresa pretende disponibilizar a plataforma mediante uma licença comercial para o uso exclusivo de pesquisadores.
A Meta ainda mantém muitos segredos por trás da plataforma, mas, nos bastidores da tecnologia, há quem acredite que o viés científico não exclui a possibilidade de a tecnologia ser implementada em outros produtos digitais da gigante para usuários de suas redes sociais: Facebook, WhatsApp, Instagram e o Messenger.
3. Chatsonic
Na corrida do novo ouro, está também a Writesonic, empresa que conta com muitas ferramentas de inteligência artificial utilizando a base de dados do Google para elaborar as respostas.
O chatbot de seu software, o Chatsonic, é direcionado para pessoas que trabalham com e-commerce e mídias sociais, com recursos voltados para criadores de conteúdo. Nesse sentido, seu maior diferencial está no mecanismo de criação das famosas “personas” do marketing: é capaz de adotar 13 tons de voz e modos de fala diferentes, de acordo com a escolha de personalidade escolhida por seu usuário.
Com uma interface bastante parecida com a do ChatGPT, a plataforma gera respostas com base na consulta feita e escritas de maneira humanizada, com a entrega das fontes utilizadas na elaboração das respostas.
Está disponível na versão premium, paga, mas também na gratuita, com limite de 25 perguntas por dia para seus usuários.
4. Perplexity AI – iPhone
Uma das mais cobiçadas marcas de dispositivos eletrônicos do mundo foi ligeira e lançou, no fim de março, o Perplexity AI – aplicativo de pesquisa da Apple que oferece o mesmo recurso de diálogo do ChatGPT, com um diferencial: toda a experiência do usuário se dá pelo celular, mas é possível usá-lo também na versão web, no computador.
De mecanismo similar ao do chatbot da OpenAI – já que a tecnologia empregada é a mesma, de IA degenerativa – seus desenvolvedores afirmam que a ferramenta dispensa o uso de citações porque suas respostas são fornecidas “com exatidão”.
Ao baixar o app, os usuários do IOS podem selecionar o idioma em que querem conversar e começar a usar o buscador, que também funciona por comando de voz.
Por hora, o que se sabe é que a startup responsável pelo desenvolvimento da ferramenta já trabalha para trazer mais diferenciais nos próximos meses, com promessas de novidades em breve.
5. WeChat
O grupo chinês Alibaba está oferecendo códigos de convite a alguns usuários corporativos para que possam experimentar o WeChat – novo rival do ChatGPT desenvolvido com um modelo de linguagem generativa chamado “Tongyi Qianwen”.
Por hora, ainda não se tem notícia se a empresa pretende escalonar a ferramenta para além da China, já que o serviço está disponível apenas em mandarim. No entanto, nos bastidores da economia do país, o mercado vem reagindo bem ao produto: as ações do grupo subiram 2,5% na bolsa de valores de Hong Kong já na primeira quinta-feira do mês.
A Alibaba, aliás, não está sozinha nessa. Muitas empresas chinesas de IA viram suas ações crescerem significativamente nas últimas semanas após lançarem relatórios sobre suas próprias ferramentas de Inteligência Artificial.
Ponto para as inovações do país, que, em março, até tentou concorrer com o ChatGPT ao lançar o Baidu, mas a plataforma não conseguiu ganhar a euforia e o prestígio dos investidores.
Na certa, essa é uma pequena lista dos rivais do ChatGPT que ainda estão por vir, e nós, claro, estaremos atentos nesse mapeamento, a cada novidade.
Já experimentou alguma dessas plataformas além do ChatGPT? Conte para a gente nos comentários!