Quer um veículo econômico e sustentável, mas está com aquela preguiçinha de pedalar?
Você não é o único, acredite.
E, de repente, seu caso nem é evitar a fadiga, e sim contribuir para um trânsito menos poluente e, de quebra, ainda fazer uma atividade física.
Se você se enquadra em algum desses grupos, as e-bikes vão ter que entrar na sua garagem. E olha, o mundo vai agradecer, viu!
Os efeitos da pandemia para as e-Bikes
Ainda está difícil não mencionar a pandemia em qualquer setor das nossas vidas e esta máxima cabe também no universo biker, bastante impulsionado após março de 2020, tanto como meio de transporte quanto como forma de lazer.
Enquanto indústrias e serviços de todos os segmentos fechavam as portas justamente por causa das restrições impostas pela covid-19 no Brasil, o setor dos veículos de duas rodas viu seus lucros subirem.
Empresários do ramo fecharam 2020 com faturamento 50% superior ao de 2019. A alta nas vendas no primeiro semestre de 2021 foi de 34,7% em comparação com o mesmo semestre do ano anterior, de acordo com o levantamento da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), que ouviu 180 lojistas de 20 estados.
Ao longo deste período, as magrelas passaram a ser superindicadas como meio de transporte e de atividades física, especialmente porque podem ser utilizadas ao ar livre, sem o contato direto com outras pessoas. Neste cenário, as e-bikes também ganharam novos adeptos.
Somente em 2020, foram comercializadas 32.110 unidades de e-bikes no país, vendas que movimentaram R$ 190 milhões e representaram um crescimento de 28% em relação a 2019.
E-bikes: o que são e como funcionam?
E-bikes são bicicletas equipadas com um motor elétrico que as impulsiona ou ajuda a impulsioná-las.
Há modelos em que esse motor está em uma das rodas, e outros em que ele aparece no centro, no quadro da e-bike.
O que difere um do outro é que, no primeiro, ela é capaz de andar por um tempo sozinha, sem a necessidade de que seus pés movimentem os pedais. No segundo – também chamado de bicicleta com pedal assistido – ela é impulsionada quando você pedala, dando a sensação de que você tem mais força já que terá que fazer um esforço menor para conseguir mais velocidade, mesmo em planos inclinados.
Vale ressaltar que esse tipo de bicicleta elétrica conta com o motor para uma função de auxílio nas pedaladas, ou seja, não foi concebida para andar somente com a força do motor elétrico, por isso se diferenciam das motocicletas.
Há e-bikes com autonomia superior a 100 km, situação que já as habilita a virarem, por exemplo, seu veículo oficial de locomoção diária.
Muita gente que curte fazer trilhas a duas rodas também já aderiu. Porque trilhas consideradas mais “puxadas” acabam exigindo menos da turma que gosta mesmo é de aventura.
Motores, preço e baterias
Os motores são de dois tipos. Os chamados de “brush”, com escovas, e os “brushless”, sem escovas e mais utilizados nas e-bikes por serem mais resistentes e silenciosos.
A dica é escolher modelos que tenham boa potência, no mínimo 250 Watts, número que já garante boa força extra aos pedais para performar bem em terrenos distintos.
Prefira veículos movidos por uma bateria de íons de lítio, sistema que garante à bateria suportar entre 200 e 1.000 recargas e que é bem mais leve que os modelos de chumbo.
O preço de uma e-bike utilizada para fins esportivos no Brasil ainda é considerado alto. Em São Paulo, o aluguel, por hora, está entre R$ 7,00 a R$ 10,00 e as diárias podem chegar a R$ 100,00. Ainda assim, vale a pena começar seu relacionamento com um exemplar alugado, porque aí, se rolar um affair, você se programa e investe naquela que não será dividida com ninguém, a menos que você queira.
E-bikes: modelos
O Dialogando saiu por aí perguntando a alguns e-bikers como avaliam o desempenho de suas próprias magrelas. Selecionamos os melhores depoimentos. Confira!
Caloi E-Vibe City Tour
Umas das e-bikes mais leves e com a melhor autonomia de bateria do mercado, capaz de atingir até 120 km, ainda que isso possa mudar se considerarmos os fatores externos.
Seus tutores contaram que ela favorece a estabilidade e que um dos seus pontos fortes é o quesito segurança: freios a disco, display LCD com informações detalhadas de velocidade e status de bateria com ótima precisão.
O ponto fraco é o preço. O modelo da Caloi é encontrado por cerca de R $12.000,00.
E-bike Sense Breeze
A duas rodas elétricas da fabricante Sense Bike é menos potente que a mencionada acima, mas tem foco maior no conforto.
Sua autonomia é de 35 km e sua bateria fica posicionada embaixo do banco do carona. Seus proprietários dizem que o visor LCD vem com tela bastante nítida, que traz informações precisas sobre o status de bateria, nível de assistência e velocidade.
O modelo vem sendo encontrado no mercado por cerca de R$ R $9.000,00, valor ainda considerado impopular, uma vez que sua autonomia é mais limitada.
E-bike Two Dogs Pliage
Esta é para quem não tem garagem ou mora em espaços pequenos: um modelo dobrável portátil, que a torna mais fácil de transportar e armazenar.
Quem tem uma e-bike Two Dogs Pliage não reclama, especialmente por causa do seu custo-benefício — pode ser encontrada por pouco mais de R$ 3.000,00.
É considerada robusta, fator importante, já que se trata de um modelo cheio de dobradiças que, se fosse frágil, poderia pôr em cheque seu desempenho e segurança.
Seu motor tem 350 W e autonomia máxima de 40 km. O ponto fraco está na sua disponibilidade. Vem sendo difícil encontrá-la no mercado.
É claro que já há muitos modelos de E-bikes no mercado! Tem algum que não entrou nesta lista?