Spotify: quero faturar com minhas músicas, mas como?

21 de setembro de 2022

Nos últimos dois anos, perrengue define quase toda a jornada de quem faz um som e, a essas alturas, a gente já nem precisa mais dizer por quê, não é verdade?

Os artistas independentes que o digam!

Por um período, faltou audiência até para quem ganhava a vida passando o chapéu dentro do transporte ou nas praças públicas. Com as cidades praticamente desertas, o mundo digital virou a nova vitrine de músicos e musicistas. Teve gente que se reinventou e partiu para as lives. Nesse caso, o chapéu virou aquele PIX que, em questão de segundos, salva!

Mas com a retomada da normalidade ou, do tal “novo normal”, o apelo às lives vem caindo. E a pergunta que não quer calar é: “como faturar com minhas músicas no Spotify?”.

Justo, afinal, a plataforma só cresce. Recentemente, a empresa anunciou aumento de 19% da sua base de usuários no primeiro trimestre de 2022, com lucro líquido de 131 milhões de euros e 182 milhões de assinantes só nas contas Premium.

Mas como conseguir a sua fatia desse bolo musical?

Entenda!  

Remuneração no Spotify: como funciona?

Não há, na verdade, uma tabela prefixada de pagamento para o Spotify, mas sempre que um artista emplaca sua própria música na plataforma ele é remunerado com base em royalties por cada reprodução – isso, claro, se ele já tiver registrado sua composição no Escritório de Direitos Autorais (EDA), departamento da Fundação Biblioteca Nacional. Esse processo pode ser feito on-line.

Mas, royalties?

Exato. Falamos de um termo que, na tradução, significa realeza ou “o que pertence à realeza”. Tudo isso porque, lá atrás, as pessoas pagavam tributos a seus reis ou senhores feudais para que pudessem explorar recursos de suas propriedades.

Se você já está se sentindo um imperador, desconsidere, porque, hoje, a palavra é usada para dar nome a qualquer quantia cobrada pelo detentor de direitos sobre um bem, em troca do seu uso por terceiros, seja no setor público ou privado.

Nesse cenário, deu para entender que, para que o Spotify reproduza seus sons, álbuns, playlists ou mesmo podcasts, a empresa pode pagar uma porcentagem dos lucros levantados para você. Mas isso se você seguir alguns passos.

Eu ouvi “valores”?

Sim! E essa pauta gera uma série de polêmicas, já que alguns consideram essa remuneração baixa. Mas deve-se considerar que a plataforma é a mais acessada no mundo, garantindo maior visibilidade a artistas.

O Spotify paga por cada reprodução da sua faixa um valor que flutua entre U$ 0,003 e U$ 0,008, a depender do tipo de conta do usuário (se paga ou gratuita). Claro que os rendimentos das contas pagas são maiores.

Outro ponto a favor de quem detém a propriedade é se o play do ouvinte foi dado em seu próprio perfil. Nesse caso, a reprodução tem maiores rendimentos.

Não subiu sua música para a plataforma ainda, mas quer testar?

Lembre-se que é necessário contar com uma…

Agregadora ou distribuidora

Você precisará decidir pela chamada agregadora, distribuidora digital que faz o link entre sua gravação e seus fãs.

Esse intermediador virou um agente necessário para que você possa capitalizar suas músicas na plataforma. Por isso, sua escolha deve ser estratégica, já que ela pode levar suas produções para um número maior de ouvidos dentro da plataforma.

Há distribuidoras pagas por assinatura ou por lançamento, por exemplo. Mas você pode contar com alguns serviços “gratuitos”, a exemplo do One RPM, que não cobra para distribuir sua música, mas recebe 15% dos royalties, restando ao artista 85% da arrecadação.

Segundo especialistas, ela entrega boas ferramentas para acompanhar seu desempenho, tanto no Spotify quanto nas concorrentes. Mas pode ser que sua composição seja barrada para a reprodução no Instagram, por exemplo, se houver algum ritmo, beat, sample ou melodia garimpada de algum serviço ou pacote sonoro. Algo muito comum na música eletrônica.

A sueca Amuse garante 100% dos royalties ao artista/banda, mas o plano gratuito não permite a reprodução para o Facebook, Instagram, TikTok e outros sites.

O próprio Spotify sugere algumas plataformas de distribuição eletrônica que pagam pelo play. DistroKid, CDBaby e Emubands são algumas delas mas, no todo, vale guiar essa escolha de acordo com seus objetivos de carreira. Leia bem as cláusulas contratuais de todas as distribuidoras que te indicarem por aí, ok?

A boa nova é que, recentemente, a empresa anunciou que vai permitir que artistas independentes façam o upload de suas músicas na plataforma sem a necessidade da intermediação do agregador. Recurso que chegará aos poucos e, por enquanto, vem sendo feito por convites.

Entenda como dar continuidade ao processo no passo a passo abaixo, e já vá trabalhando o marketing com sua base de fãs para que você consiga o maior número de acessos possível!

Cadastro do single ou álbum na agregadora

É hora de informar dados importantes para que sua composição, álbum, ou playlist seja entregue com maior assertividade.

Defina o gênero musical e seus dados de compositor para facilitar as buscas dos usuários e começar a contabilizar seus plays no Spotify.

Suba seu som!

Ainda na agregadora, pegue o seu arquivo e faça o upload na plataforma. Lembre-se que ele deve estar em wav, formato usado por critério das plataformas de streaming, até para que a qualidade de som seja maior.

Nesse passo, você também deve fazer o upload da imagem de capa que vai apresentar a sua produção.

No Spotify!

Será necessário, agora, criar um perfil profissional na plataforma. Para isso, você deverá usar o modo Spotify for Artists. Esse novo status trará informações sobre você no mundo das artes, como trabalhos passados e discos lançados, dentre outras.

Pense que esse espaço te ajudará em sua própria autopromoção, portanto, capriche nessa etapa da entrega.

Pagamento

Como dissemos acima, os rendimentos se somam a cada reprodução da sua música na plataforma. Em algumas situações, o pagamento de royalties acontece uma vez por mês. No caso dos artistas independentes, a data e o valor exato dependem do contrato estabelecido com a distribuidora.

Depois que o Spotify paga as distribuidoras, elas repassam para os artistas, de acordo com seus contratos. Por isso, é bom estar ciente do acordo previamente fechado com seu intermediador.

Esse é só o começo de uma jornada rumo à sua popularização na plataforma. Fique atento à nossa programação porque, em breve, voltaremos com dicas valiosas para que você BOMBE no Spotify!

Fonte: Dialogando - Spotify: quero faturar com minhas músicas, mas como? Dialogando

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