Veículos autônomos: onde estão, afinal?

17 de março de 2022

Os desavisados vão achar que é coisa de fantasma, mas, não ver absolutamente nenhum piloto conduzindo um carro é a nova “corrido do ouro”. As montadoras que o digam, porque a disputa está acirrada. 

Por meio da interpretação dos caminhos que devem seguir, os veículos autônomos ou self-driving, em inglês, tomam decisões com o auxílio de IA (Inteligência Artificial) e mapeiam todas as imediações usando os sensores espalhados por suas estruturas. 

A inovação promete a redução dos acidentes de trânsito em geral, diminuindo o fator humano da equação. A Volvo ambiciona ainda mais: seu objetivo é absolutamente zerar as mortes à frente de seus veículos autônomos, ainda em fase de testes. 

Especialistas em mobilidade são enfáticos. Acreditam que o modelo será o divisor de águas de um futuro que deverá se tornar realidade até 2040, de acordo com o estudo Mobilidade do Futuro, promovido pela Allianz Partners. 

Mas e você? Já está por dentro da novidade e arriscaria andar por aí sendo conduzido “pelo além”? 

Ao final deste post você vai dizer que “sim”! 

Veículos autônomos: em que pé estamos? 

Por hora, a realidade mais aproximada é a dos veículos semiautônomos. Quem saiu na frente, neste caso, foi a Mercedes. No ano passado, a montadora alemã conseguiu permissão para produzir e comercializar o modelo nível 3, que ainda requer um motorista, mas de forma mais “solta”.  

Seus condutores poderão tirar as mãos do volante na estrada e, por vezes, apreciar a paisagem, mas sob determinadas condições.  

Segundo Maria Bergmann, engenheira de desenvolvimento da marca, o protótipo conta com recursos de automação de direção condicional regido por um sistema chamado Drive Pilot. Com a solução, o motorista pode se abster da condução por até 60 km, sem sair do assento do motorista. 

Veículos autônomos – benefícios 

Falamos acima que os veículos autônomos são a promessa de um futuro com ruas e estradas muito mais seguras, e isso porque a maioria dos acidentes de trânsito é causada por falhas humanas frente à condução dos veículos, não por trás da concepção das máquinas.  

Neste sentido, ao alcançarmos a fórmula certa, a ausência integral de motoristas poderá eliminar riscos, já que caberá somente aos carros as tomadas de decisão mais seguras para os passageiros e os demais veículos que o cercam.  

Mas as vantagens não param por aí. Entenda! 

Integração 

Integrados entre si – ainda que em estágio inicial precisem trafegar ao lado dos modelos tradicionais –, os carros autônomos deverão otimizar a mobilidade urbana. Em um futuro ainda distante, quando toda a frota for majoritariamente composta por eles, os riscos de acidentes deverão cair ainda mais, afinal, não será necessário prever o que um carro ao seu lado vai fazer, eles se comunicarão. 

Manobras 

Sabe quando você chega com pressa e a vontade é largar o carro no meio da rua, sem perder tempo com manobras para estacionar? Esqueça tudo isso. Os veículos autônomos (inclusive os semiautônomos) serão capazes de estacionar absolutamente sozinhos. 

Economia 

Se reduzimos os acidentes, reduzimos também as visitas às oficinas. Sem contar que boa parte dos problemas desses carros poderá ser corrigida por meio de atualizações de softwares. 

Meio ambiente 

As melhorias no trânsito geram impactos diretos nos pulmões do planeta. Mais assertivos na decisão dos caminhos a seguir, deverão emitir menos gases poluentes, o que indiretamente colabora para a saúde das populações. Além disso, em comparação com motoristas, os sistemas automáticos têm um maior controle sobre a aceleração, velocidade e rotações, resultando em mais eficiência no uso do combustível e, consequentemente, menor emissão de gases. 

Veículos autônomos no Brasil 

Enquanto o assunto ganha cada vez mais velocidade lá fora, aqui no Brasil ainda há muito a se fazer para que esta novidade chegue às nossas ruas. O primeiro obstáculo é o legislativo: para termos veículos autônomos aqui, será preciso rever o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para admitir esta nova tecnologia com suas diferenças fundamentais em relação aos veículos comuns. 

Outro empecilho é o tecnológico: por se guiarem por meio da internet, os veículos autônomos exigem conexão constante e de qualidade. Como o Brasil só recentemente começou o processo de implantação da tecnologia 5G, ainda temos um bom caminho a percorrer até termos as condições técnicas para que tudo opere de maneira fluida. Também é preciso prever uma integração dos carros com todo o sistema de trânsito, como semáforos e faixas de pedestres por motivo de segurança, algo que ainda precisa ser iniciado. 

Por fim, há a questão do custo: por ser uma tecnologia nova, as primeiras versões dos veículos autônomos chegarão no mercado com um valor proibitivo mesmo para o mercado internacional. Por isso, ainda vai demorar para ver estes carros inovadores tomando conta das nossas ruas. 

Já está se vendo, de boas, jogando um game ou aproveitando o trajeto para adiantar aquela apresentação do trabalho ou estudar para a prova, não é? 

Então, conte, nos comentários se você quer, precisa ou não vê a hora de viver essa realidade espetacular! 

Fonte: Dialogando - Veículos autônomos: onde estão, afinal? Dialogando

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Newsletter

Receba nossas notícias e fique por dentro de tudo ;)

Nós utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site. Se você continuar navegando, consideramos que está de acordo com a nossa Política de Privacidade.

Telefonica