Viagens à Lua: conheça as missões de 2022!

4 de agosto de 2022

Terraplanistas dirão que é mentira, mas faz tempo que a gente não vai para a Lua, não é mesmo?

Há 53 anos, na missão Apollo 11, o homem esteve lá pela primeira vez, ocasião em que Neil Armstrong e Buzz Aldrin realizaram esse feito inédito, repetido por outros dez astronautas três anos depois, na missão Apollo 17.

#PraTodosVerem: fotografia colorida mostra o foguete Apollo 17, lançado em 1969. Um módulo lunar de 7 metros de altura e 4 metros de largura, pintado de branco, por inteiro. Sua base de lançamento é de metal, pintada de vermelho. Ao fundo,  um enorme campo verde com algumas vias para carros.

E a boa nova é que, no fim de julho, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) definiu as datas em que lançará a Artemis 1, primeira missão não tripulada dos EUA para lá. O aguardado evento ainda não está cravado no calendário, mas deverá acontecer em 29 de agosto, 2 de setembro ou 5 de setembro.

A expectativa é que a viagem dure entre quatro e seis semanas, e que seu retorno para a Terra ocorra a 39.400 km/h, velocidade que pretende superar a de qualquer outra nave.

Dessa vez, a aeronave não deverá se acoplar à Lua mas, se tudo sair dentro do previsto, essa jornada terá sido a mais longa da história da corrida espacial entre as não acopladas ao solo lunar.

O grande teste será manter a cápsula preservada ao longo do período em temperaturas equivalentes à metade do calor do Sol — e as expectativas são boas!

Segundo Mike Sarafin, chefe da missão, os testes recentes alcançaram 90% das metas, após engenheiros descobrirem soluções para as falhas que provocavam perda de hidrogênio no sistema de lançamento.

A viagem à Lua de bilhões de dólares

A iniciativa privada somou investimentos junto ao governo americano na casa dos US$ 12,5 bilhões para a viabilização do maior e mais potente foguete construído na história espacial.

A cápsula da Artemis 1 se chama Orion, tem altura maior que um prédio de 30 andares e um design cônico muito parecido aos módulos de comando utilizados há 50 anos. Só que a tecnologia embarcada é, claro, muito superior.

Vale lembrar que essa imersão lunar conta com a segurança de outros três testes bem-sucedidos já realizados com o módulo Orion. Nesse cenário, as chances de “dar bom” só aumentam!

Artemis 1: uma missão com 3 objetivos iniciais

#PraTodosVerem: fotografia colorida de um foguete voandoem meio à imensidão de nuvens. Ele deixa um rastro de fumaça pelo caminho. Ao fundo, um céu azul escuro em uma noite estrelada e, mais ao fundo, a lua cheia, brilhando.

Muitos interesses cercam o sucesso da Artemis 1, sendo o principal deles verificar a solvência do voo do foguete e da cápsula ao longo da missão e tentar recuperá-la no retorno, que se dará por amerissagem (pouso na água).

A cápsula também será responsável por instalar pequenos satélites ao redor da Lua, para o desenvolvimento de novos experimentos espaciais.

Mas esse é só o começo de uma série de voos programados pelos Estados Unidos. Nessa jornada, o país pretende acumular experiências concretas para chegar, em 2030, em outro endereço das galáxias: Marte.

O planeta está na mira de pesquisadores do mundo todo, que já contam com evidências da existência de água em estado sólido em seus solos rochosos e, agora, buscam desvendar se há potencial para abrigar diferentes formas de vida.

As semelhanças entre a Terra e o vizinho vermelho, aliás, são muitas. Será que a humanidade pode contar com um lar substituto para a humanidade?

Essa é a pergunta que não quer calar!

O sucesso da Artemis 1 já conta com o lançamento da Artemis 2, viagem que pretende ser tripulada, mas sem a saída dos astronautas de dentro da nave.

Se tudo sair dentro do previsto, há planos de execução da Artemis 3, missão que deverá levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a Lua.

Uma ambição planetária

#PraTodosVerem: fotografia colorida mostra metade da lua, em tons de cinza. Sua superfície é repleta de crateras de impacto e fragmentos rochosos. Ao fundo, a imensidão escura do universo.

A exploração do universo vai muito além dos interesses norte-americanos. Na verdade, a impressão que a gente tem é que o cenário pandêmico despertou o fascínio humano pelo espaço sideral.

Em dezembro de 2021, “tocamos o sol” pela primeira vez quando a sonda solar Parker voou pela corona do Sol (atmosfera superior) e retirou amostras de partículas e campos magnéticos para estudos.

#PraTodosVerem: fotografia colorida da sonda Parker, desenvolvida pela Nasa. Ela está explorando a atmosfera do Sol, que parece um lago de lava. Reprodução: O Povo

O mesmo ano marcou também o lançamento do Telescópio Espacial James Webb, que recentemente registrou a galáxia mais antiga já encontrada na astronomia: um conjunto de estrelas visto a 13,5 bilhões de anos-luz, o que significa que a captação da imagem foi emitida 300 milhões de anos depois da formação do universo.

E, nessa corrida, há muitos outros países de olho na Lua em 2022. Confira!

Índia, Japão e Emirados Árabes Unidos

A Organização Indiana de Pesquisa Espacial fracassou uma vez, mas pretende voltar ao solo lunar em missão chamada Chandrayann-3. Seu objetivo será lançar um módulo de pouso estacionário ainda no terceiro trimestre.

A Jaxa, agência espacial japonesa, tem a mesma meta. O programa espacial do Japão ainda se dedica às missões com satélites e sondas, por não contar com um módulo de pouso. Pretende implantar um robô dos Emirados Árabes na Lua chamado Rashid, um veículo de quatro rodas encarregado de testar seu solo.

Mas o país é ambicioso e quer ir muito além da presença robótica por lá. Por isso, vem costurando parcerias junto aos Estados Unidos para acelerar sua exploração.

Rússia e Coreia do Sul

Luna 25 é o nome da missão lunar da Rússia, viagem que pretende ser a primeira a pousar no polo sul do satélite. A previsão de lançamento era julho deste ano, mas foi adiada e ainda não teve nova data divulgada pela Roscosmos, a agência espacial do país.

Seu objetivo é explorar os recursos naturais da Lua e obter sucesso no desenvolvimento da tecnologia de pouso suave durante o projeto.

O Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia pretende lançar, também no segundo semestre, o Orbitador Lunar Pathfinder, para aprofundar os estudos de sua superfície.

#PraTodosVerem: fotografia colorida mostra dois casais acampando em uma praia, em uma noite de lua cheia. Eles estão na frente de uma barraca admirando a imensidão do mar e a grandiosidade da lua cheia, que ilumina a noite.

Já está ansioso para conferir novas imagens desse satélite capaz de tornar as noites terrestres super-românticas, especialmente nas fases da lua cheia, não é mesmo?

Então, não se perca da nossa programação, porque a gente já está contando os dias para esse evento!

Ah! E se você já chegou mais perto da Via Láctea com a ajuda de algum aplicativo ou site, não deixe de compartilhar nos comentários porque também queremos ‘”ir”, hein!

Fonte: Dialogando - Viagens à Lua: conheça as missões de 2022! Dialogando

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