A evolução do movimento LGBT nas redes e a atuação na internet 

23 de junho de 2023
#TemConversaPraTudo com Jéssica Tauane: Produtora audiovisual e consultora de Diversidade & Inclusão na Phaedrus Filmes, co-criadora do Canal das Bee.
 

Com a convidada Jessica Tauane, produtora audiovisual, consultora em diversidade e inclusão e fundadora do Canal das Bee. 

A internet sempre foi uma aliada no processo de inclusão social da população LGBTQIAPN+. No começo, os blogs e sites serviam de plataforma para acesso a conhecimento e troca de informações ou elementos culturais importantes para a comunidade. Depois, as redes sociais ampliaram esse espaço democrático, permitindo a criação de grupos e até eventos nos quais as pessoas poderiam se conhecer e construir redes de apoio e de identidade mais fortes.  

Um ponto importante na articulação do movimento LGBTQIAPN+ na internet foram os vlogs. Militantes passaram a produzir conteúdo levando informação sobre a luta do movimento de forma fácil e acessível. Um dos grandes exemplos foi o Canal das Bee, fundado em 2012, que tinha como objetivo conscientizar e instrumentalizar as pessoas sobre as demandas da população não hétero cis.  

De lá pra cá, muita coisa mudou. Alguns direitos importantes foram conquistados, como a transexualidade, que deixou de ser tida como doença, conseguimos o casamento civil entre pessoas do mesmo gênero, a lgbtfobia foi criminalizada e pessoas LGBTQIAPN+ agora podem doar sangue. Além disso, foi possível assistir cada vez mais a presença de gays, lésbicas e até pessoas trans em programas, novelas, filmes e reality shows. As pautas da comunidade ganharam visibilidade.  

Mas nem tudo são flores. O Brasil voltou a viver um período de retrocesso no campo dos direitos humanos nos últimos 4 anos, com ataques principalmente às minorias em direitos: população negra, LGBTQIAPN+ e povos originários. Além disso, o país ainda está na lista das nações que mais matam pessoas trans e travestis no mundo, segundo relatório feito pela Associação Nacional de Transexuais e Travestis (ANTRA) no ano de 2022.  

O ambiente virtual também não ficou de fora dos retrocessos. As redes sociais, principalmente o WhatsApp e o Telegram, se tornaram veículos de transmissão de fake news sobre a comunidade LGBTQIAPN+, causando medo em famílias e aumentando a violência contra essa população

Os desafios pela frente ainda são grandes. Como regulamentar a internet e as redes para evitar fake news? Como treinar o algoritmo para que atue em benefício das minorias em direitos? A inteligência artificial pode ser uma aliada?  

O TCPT convida Jessica Tauane, uma das fundadoras do Canal das Bee, para tentar responder a essas perguntas, falar da história do movimento LGBTQIAPN+ nas redes e imaginar uma possibilidade de futuro para a comunidade no ambiente virtual. Confira! 

Sobre a convidada 

Jessica Tauane é fundadora do Canal das Bee – pioneiro em questões LGBTQIAPN+ e de diversidade no YouTube. Atualmente, trabalha na Phaedrus Filmes e se dedica a consultorias dentro da temática, além de levantar discussões sobre empoderamento feminino, autoestima, saúde, cotidiano e humor em suas redes. Dirigiu o projeto social Bee Ajuda, que acolheu jovens LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade. Já ministrou palestras em diversas empresas, universidades e instituições, destacando suas participações no SXSW Festival em Austin (Texas), no TED Talk (São Paulo) e no Summit For Social Change (Londres). 

LGBTQIAP+ Quanto mais letras, + inclusão!

Fonte: Dialogando - A evolução do movimento LGBT nas redes e a atuação na internet  Dialogando

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