A inclusão LGBTQIA+ no mercado da tecnologia

12 de julho de 2022
Com o convidado Gustavo Glasser: CEO da Carambola

Se todas as pessoas contassem com uma rede de apoio e o acesso a boas escolas e cursos, o mundo do trabalho seria muito mais competitivo, afinal, candidatos concorreriam às vagas em pé de igualdade.

Mas o cenário descrito acima traz um mundo ideal que está longe da realidade, especialmente se falarmos das pessoas LGBTQIA+.

Imagine-se descobrindo que o corpo que você carrega não é aquele com o qual você se identifica. E você faz uma opção: assume um gênero que não lhe foi atribuído ao nascer.

Você, então, reconhece que é uma pessoa trans. Justo! Não topa a frustração de viver toda uma vida sofrendo o desconforto constante em relação ao sexo que consta na certidão de nascimento.

Corajoso? Pacas. Porque a partir daí – a depender de fatores como raça e ausência do acolhimento da família, dentre outros – pode ser que você precise vencer uma série de desafios. Um deles, a aceitação da sua presença em lugares comuns que recebem, normalmente, qualquer pessoa, mas que não vão aceitar você com a mesma facilidade.

Complicado (e cruel!), não é mesmo?

Aí você imagina como é difícil falar, por exemplo, da colocação de pessoas trans, nem só no mercado da tecnologia, mas nos setores formais de trabalho, no todo.

De acordo com o levantamento sobre visibilidade trans da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 90% das mulheres trans e travestis trabalham na prostituição, fonte de renda que as expõem a todos os níveis de violência.

O mesmo relatório aponta que 72% dessa população assassinada em 2020 atuava na prostituição. Mas “por que só a prostituição”?

Porque o preconceito não lhes permite ir mais à frente. A começar pelo preconceito no próprio núcleo familiar.

Estima-se que travestis e mulheres trans são expulsas de casa por volta dos 13 anos de idade. Sem moradia, sem o apoio dos pais e com a sociedade de costas para elas, não é necessário dizer quão difícil é, nessa idade, dar continuidade aos estudos, não é mesmo?

Todos esses fatores acabam dificultando a entrada de mulheres trans e travestis no mercado formal de trabalho, mercado este que, antes de tudo, precisa superar os próprios preconceitos para incluir essas pessoas.

Só que tem gente em missão por gente igual a toda gente, e que só vai sossegar quando nem precisarmos mais falar em representatividade.

Hoje, o #TemConversaPraTudo traz Gustavo Glasser. Pense em um cara que tem história!

Sobre o convidado

Gustavo Glasser é um homem transgênero e, se hoje segura muitos troféus como reconhecimento por todo o trabalho que vêm promovendo para a inclusão dos grupos historicamente marginalizados na sociedade, pode ter certeza que enfrentou muitos obstáculos.

É CEO da Carambola, startup responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de gestão e inclusão de diversidade que valorizam e promovem as diferenças e individualidades. Foi destravando o potencial de formação de equipes diversas que a Carambola já treinou e incluiu mais de 220 pessoas no mercado.

Mas, antes de tudo isso, Gustavo segurou muita bandeja para sobreviver, viu!

Iniciou sua carreira como garçom, só que, mais tarde, hackeou o sistema. Encontrou uma brecha no mercado da tecnologia e fez valer a oportunidade. A partir daí, construiu seu próprio caminho: passou por programas de treinamento da Microsoft, trabalhou em grandes empresas, participou de competições internacionais e, agora, é presença fundamental e garantida na mídia e em palestras sobre Educação em Tecnologia, Inclusão e Diversidade em eventos nacionais e internacionais.

Apenas aceite. Nós temos um entrevistado que mudará absolutamente o seu olhar sobre a inclusão LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Dê o play de milhões e entenda!

Fonte: Dialogando - A inclusão LGBTQIA+ no mercado da tecnologia Dialogando

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