A Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em conjunto com outros órgãos do governo federal, mantém um serviço online de denúncias contra violações de Direitos Humanos na internet. Chamado de Humaniza Redes, a iniciativa busca garantir mais segurança na web.
No ar desde abril de 2015, o Humaniza Redes surgiu após outra experiência bem sucedida – o Disque 100, serviço telefônico da Secretaria para denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
No caso do Humaniza Redes, a ênfase é no que acontece no ambiente digital. Entre os conteúdos que podem ser denunciados, estão ocorrências relacionadas à violência e discriminação contra mulheres, homofobia, xenofobia, intolerância religiosa, pornografia infantil, racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida, neo nazismo e tráfico de pessoas. Em 2015, a ouvidoria online recebeu 6.005 denúncias.
“Como a sociedade mudou, a internet também virou palco de violações de Direitos Humanos”, diz Dayane Nunes, coordenadora geral do projeto. “Por isso, foi disponibilizada uma ouvidoria online para violações ocorridas dentro e também fora da internet. As denúncias são anônimas, e o Humaniza Redes oferece os canais para a vítima sair da condição de violação”, explica ela.
O serviço tem uma forte atuação em diversas redes sociais – Facebook, Twitter, Instagram. Em todos esses canais de comunicação, o Humaniza Redes mantém campanhas permanentes para esclarecer a população sobre o que são Direitos Humanos e combater a discriminação e o preconceito.
“Nós vemos que os discursos de ódio cada vez mais aparecem nas redes sociais”, diz Dayane. “Nosso objetivo é trabalhar a conscientização para termos uma cultura de paz.”
O Humaniza Redes atua em parceria com outros órgãos fora do governo, como a ONG Safernet e a Fundação Telefônica. “Nós formamos uma rede de parcerias para diminuir ao máximo as violações aos Direitos Humanos, para que juntos possamos construir uma sociedade melhor”, afirma.
Para garantir a proteção das vítimas de violações, o Humaniza Redes também trabalha com a Polícia Federal, o Ministério Público e os Conselhos Tutelares, encaminhando as denúncias para os canais adequados.