Se você está antenado na pauta da sustentabilidade e trabalha para dar o melhor destino aos resíduos que produz, entenda. Após a leitura deste texto, vai buscar convencer toda a sua família e amigos a fazerem o mesmo.
Nós, humanos, somos o maior número de mamíferos que habitam a Terra hoje e, provavelmente, em toda a história geológica: estima-se que a população global chegou a 7,9 bilhões em outubro de 2021.
E esse número tende a crescer cada vez mais, o que aumenta a preocupação sobre a capacidade de suporte de resíduos do planeta. Perceba como funcionam os….
Resíduos e a matemática populacional
Na matemática do crescimento populacional, uma característica que demonstra nosso crescimento exponencial é o tempo que uma população leva para dobrar de tamanho.
Foram necessários 127 anos para a população mundial dobrar de um bilhão para dois, e apenas 47 anos (de 1927 a 1974) para dobrar de dois bilhões para quatro. Desde 1960, a população no mundo cresceu cerca de um bilhão a cada 13 anos.
Se formos mais atrás na História…os humanos chegaram a 1 bilhão por volta de 1800, um tempo de duplicação de cerca de 300 anos; 2 bilhões em 1927, um tempo de duplicação de 127 anos; e 4 bilhões em 1974, tempo de duplicação de 47 anos. Presume-se que os números mundiais chegarão a 8 bilhões por volta de 2023, tempo de duplicação de 49 anos. Salvo algum imprevisto, esses números devem se estabilizar em torno de 10 a 12 bilhões até 2100.
Os dados são do estudo desenvolvido pela United Nations – organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional – e eles podem colaborar para responder a perguntas que não querem calar.
A Terra pode suportar tantas pessoas indefinidamente? O que acontecerá se não fizermos nada para gerenciar o crescimento futuro da população e o uso total de recursos? Essas questões complexas são ecológicas, políticas, éticas – e urgentes. A matemática simples mostra o porquê, lançando luz sobre a pegada ecológica da nossa espécie.
Mas, qual é a capacidade do nosso planeta?
Se você não está sentado é melhor sentar, porque a real é que não há planeta para tanto lixo!
Recentemente, o relatório What a Waste 2.0 – Uma Visão Global do Gerenciamento de Resíduos Sólidos até 2050 apontou para tendência alarmante de aumento da quantidade de resíduos que produzimos.
O volume atual é de 2,01 bilhões de toneladas por ano, e a expectativa é que cresça para 3,4 bilhões de toneladas até 2048, realidade amarga que demonstra que os esforços que a humanidade demanda do planeta são 1,7 vezes maior que sua capacidade.
Esse impasse é reconhecido desde 1970, quando, pela primeira vez, passamos a consumir mais recursos do que os ecossistemas podem produzir ou renovar em um ano. Data triste que entrou, inclusive, para o calendário de “comemorações”: o Dia da Sobrecarga da Terra, que este ano aconteceu em 28 de julho.
De acordo com a WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e a ONG Global Footprint Network, esse indicador demonstra que seriam necessários quase dois planetas Terra para sustentar o consumo de toda a humanidade de forma sustentável.
Os maiores vilões
O plástico ainda é o maior vilão da história dessa pauta. Segundo levantamento do Banco Mundial, só em 2016, foram produzidas 24 trilhões de garrafas PET, número que equivale ao peso de mais de 3 milhões de baleias-azuis.
E o pior é que ele está em muitos lugares. No início do século XX foi desenvolvido o primeiro plástico sintético, considerado uma das maiores invenções da humanidade.
Leve, barato e prático, o material passou a servir como embalagem para quase tudo e sua produção deu saltos gigantescos de lá para cá. Foram fabricadas 15 milhões de toneladas em 1964 e, em 2015, esse número já tinha saltado para 322 milhões de toneladas produzidas. Claro que isso nos trouxe uma série de consequências ambientais porque seu tempo de decomposição é muito longo, pode chegar até 600 anos. Repare na relação de produtos abaixo que contam com o material:
. Saco plástico: 20 anos;
. Copo de espuma plástica: 50 anos;
. Canudo: 200 anos;
. Garrafa plástica PET: 450 anos;
. Fralda descartável: 450 anos;
. Linha de pescar: 600 anos.
Ou seja, nem os primeiros itens plásticos produzidos no mundo tiveram tempo de se decompor ainda.
Agora, pasmem. No auge das notícias sobre o retorno da insegurança alimentar no mundo, sabe qual o segundo maior vilão entre os resíduos produzidos no planeta?
Comida!
Enquanto mais de 800 milhões de pessoas estão passando fome, 1/3 dos alimentos produzidos no mundo vão parar no lixo. Falamos de 1.300.000,000 (um bilhão e trezentos mil) de toneladas desperdiçadas segundo a FAO (Food And Agriculture Organization), entidade da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais de 60% disso tudo é descartado em lixões e aterros, menos de 15% chegam às estações de reciclagem.
É apenas desesperador.
O Brasil nessa pauta
Segundo a WWF, os principais produtores de lixo do mundo são: Estados Unidos (1 º lugar), China (2º lugar), Índia (3º lugar), Brasil e Indonésia (4º lugar), Rússia (5º lugar), entre outras regiões do Leste Asiático e Pacífico.
Nosso país “ostenta” uma posição desafiadora no tratamento dos resíduos anualmente produzidos: cerca de 80 milhões de toneladas por ano, segundo o Relatório What a Waste 2021. Desse montante, menos de 3% são reaproveitados ou reciclados, mesmo após dez anos de estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, lei que trouxe uma série de inovações para a gestão e o gerenciamento dessa categoria.
Por aqui, o despejo ainda acaba se dando a céu aberto, em redes públicas de esgoto ou pela queima. Os resíduos sólidos urbanos (RSU) representam um desafio maior. Falamos de restos da construção civil, de lixo hospitalar, radioativos, agrícolas e industriais, entre outros.
A boa notícia é que, se somarmos esforços entre a população e os setores público e privado, podemos tornar o problema, na verdade, uma grande solução. Para isso, precisaremos trabalhar para cumprir as determinações previstas na PNRS, diretrizes capazes de transformar esse imbróglio em oportunidade econômica e social.
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O lixo eletrônico no mundo
Abaixo, você confere a lista dos países que mais geram lixo eletrônico. O Brasil, com uma das maiores populações do mundo, volta a aparecer no ranking.
O descarte dessa categoria é considerado um problema e um desperdício porque seus resíduos contam com componentes químicos (metais pesados) que podem ser prejudiciais ao meio ambiente e à saúde das pessoas, sem contar que a grande maioria possui metais nobres em sua composição como o cobre e o ouro, que poderiam ser reutilizados.
Segundo dados do The Global E-waste Monitor 2020, em todo o mundo são descartadas mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletrônicos e pilhas, anualmente.
Enquanto a produção de dispositivos cresce cerca de 4% por ano, a preocupação com o descarte não acompanha o mesmo ritmo. Os dados do estudo promovido pela Universidade das Nações Unidas dão conta de que, apenas em 2019, o Brasil descartou mais de 2 milhões de toneladas de lixo eletrônico, mas menos de 3% foram devidamente reciclados.
33% dos entrevistados disseram que nunca tinham ouvido falar da existência de locais corretos para o descarte dessa categoria de resíduos. Por isso, te convidamos a conhecer o Recicle com a Vivo, projeto que disponibiliza em todas as nossas lojas lixeiras específicas para o depósito de cabos, celulares, baterias e carregadores que você já não usa mais.
Além disso, já é possível agir antes mesmo do seu celular se tornar um resíduo. A Vivo disponibiliza em todas as lojas e no portal on-line os resultados do selo Eco Rating que avalia todo o ciclo de vida do seu aparelho celular, desde a extração dos materiais necessários à sua fabricação, transporte e uso, até o seu descarte ou reciclagem.
Para que a gente possa olhar o mundo com mais amor e garantir um planeta mais saudável para as futuras gerações, precisamos de você nessa causa.
Vamos juntos trabalhar pelas pautas socioambientais, porque postergá-las pode nos custar caro demais!