Com a alta disponibilidade de informações para qualquer pessoa em qualquer lugar, as formas de estudar e ensinar passam por mudanças. Educadores e professores vêm refletindo sobre a integração de novas tecnologias ao sistema tradicional, formando um novo modo: o ensino híbrido.
No ensino tradicional, o mesmo conteúdo é passado para todos os alunos, sem diferenciar certas particularidades individuais. A discussão sobre uma atualização desse sistema e criação de um novo ensino híbrido, coloca em foco o fato de que nem todos os alunos possuem afinidade com as mesmas disciplinas, alguns, por exemplo, precisam de recursos mais visuais ou auditivos, enquanto outros lidam melhor com a forma prática.
Dado esse cenário, podemos dizer que a tecnologia, por meio de aplicativos, sistemas e recursos é uma facilitadora na ampliação das possibilidades de aprendizagem!
Em entrevista para o Dialogando, Márcio Boruchowski, fundador da Educare e criador do Hackademia, destacou que o ensino híbrido é um método de ensino em que diversas ferramentas educacionais são usadas afim de potencializar o processo de aprendizagem, sem excluir os formatos já tradicionais. E o grande benefício é a personalização para necessidades de cada pessoa.
Com relação ao papel dos educadores frente às mudanças, Boruchowski enfatiza que o professor passa a trabalhar não só como transmissor de conteúdo, mas também como tutor que oferece a experiência num tipo de curadoria dessas novas formas. Uma vez que a quantidade de conteúdos disponíveis é gigante, o professor é também quem pode filtrar as coisas boas dentre as ruins.
Para Boruchowski, a relação do aluno com o professor se torna mais próxima nesse cenário, ao passo que o profissional também acompanha a evolução do aprendizado. Ao mesmo tempo, o professor trabalha como um grande estimulador do processo de ensino, fazendo com que o aluno se sinta motivado a aprender e encontre prazer em todo esse desenvolvimento.