Com a chegada do mês de outubro, as campanhas visando a saúde feminina e o combate ao câncer de mama ganham espaço, com foco em conscientizar sobre o perigo desse câncer, que é o tipo que mais mata mulheres no mundo. Estima-se que só no Brasil, em 2016, foram identificados por volta de 57 mil casos da doença.
Para este ano, as campanhas de Outubro Rosa contam com a ajuda da tecnologia. Pesquisas e inovações médicas têm revelado perspectivas mais otimistas para o momento do diagnóstico e para o período de tratamento. O primeiro destaque é um exame de sangue capaz de detectar fragmentos genéticos do câncer de pulmão, ovário, colorretal e de mama, em seus estágios iniciais. Apesar da descoberta do grupo de pesquisa da Universidade John Hopkins, em Baltimore (EUA) ainda não ser universal, é muito promissora por sua alta precisão.
Já quanto ao tratamento, o destaque é a imunoterapia, que foi eleita pela Sociedade Americana de Oncologia como o maior avanço na luta contra o câncer. Ao invés de tentar atacar o que está por perto do tumor, a imunoterapia age no sistema imunológico, retirando alguns “filtros”, o que facilita na identificação das células malignas, tornando o tratamento menos agressivo. O método já se mostrou efetivo em casos de triplo negativo de câncer de mama, que é considerado um dos mais agressivos e com altos níveis de reincidência.
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Nova York, apenas 8 a 12% das mulheres que tratam o câncer por meio da imunoterapia sofrerão efeitos colaterais. Porém, esse avanço tem um preço alto e até agora é inacessível para grande parte da população brasileira, já que os medicamentos desta terapia são caros e não fazem parte dos tratamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Outra novidade é Terapia Alvo-molecular, que tem uma premissa simples, mas uma execução complexa e de técnica refinada: ela desenvolve medicamentos específicos para o combate das células do tumor, sem comprometer as demais. Por conta das diversas variáveis que envolvem o desenvolvimento desses medicamentos, sua aplicação varia de acordo com o tipo de câncer, estágio de desenvolvimento e o quadro do paciente.
Todos esses avanços são novas esperanças para o tratamento do câncer, que ainda não possui uma cura. O cuidado em manter exames atualizados ainda é a melhor forma de diagnosticar a doença, principalmente nos estágios iniciais. Mantenha uma rotina saudável, faça sempre o exame de toque e consulte seu médico pelo menos uma vez por ano. Conhecer e cuidar do seu corpo são as melhores estratégias para mantê-lo bem.