Uma tradição que remete ao rádio, quando mesmo as televisões eram máquinas muito avançadas, é a de reunir a família e ouvir o jornal. Hoje em dia, uma das maiores piadas são justamente as pessoas que dão “boa noite” para o apresentador do telejornal noturno. Agora imagine você, ligar a televisão preparado para dar o seu “boa noite” padrão e dar de cara com um apresentador virtual! Não, você não leu errado. Isso é possível e já está acontecendo!
O principal telejornal da emissora italiana DiLucca Tv inovou ao apresentar Anna, uma jornalista virtual. Trata-se de um avatar que ganhou espaço no horário nobre, causando grande polêmica no mundo da comunicação. Vivemos tempos de enorme desenvolvimento tecnológico, mas essa aparição reacendeu as velhas discussões: será que um dia os homens poderiam ser substituídos por máquinas?
Na Itália essa discussão foi bem complicada. Os jornalistas locais ficaram muito desagradados com a apresentadora virtual e o assunto virou pauta até mesmo nos sindicatos dos jornalistas.
A proposta de automatizar trabalhos mais simples resolve uma série de problemas, e mesmo no Brasil já temos algumas funções que são largamente exercidas por aparatos eletrônicos, como as máquinas de compra de refrigerantes, os pedágios eletrônicos e até mesmo os caixas eletrônicos, nos bancos.
Há casos em que a tecnologia pode contribuir significativamente, mas em outros o senso crítico humano permanece inabalável. A verdade é que o trabalho que o jornalista realiza vai muito além de simplesmente ler e transmitir as notícias. É preciso pesquisa, investigação e muito trabalho para que a notícia chegue pronta (e correta) aos noticiários.
O melhor computador já criado na história continua sendo o cérebro humano, que processa mais informações que qualquer Deep Blue da vida! É por isso que determinadas atividades ainda requerem um profissional experiente por trás. Nada rouba a capacidade de criatividade e faculdade mental que só nós, de carne e osso, temos.
