Quem diria! A gente viveu para ver a Inteligência Artificial (IA) fazendo, em poucos segundos, coisas que nós, seres humanos, precisávamos de um dia inteiro para fazer. E se essa realidade proporcionada pelo boom do ChatGPT assusta alguns, é necessário aceitar: a tecnologia chegou para ficar.
Está meio perdido ainda? Então, deixa que a gente contextualiza.
O ChatGPT é um novo sistema de chat baseado em inteligência artificial generativa. O que isso muda? Tudo. Ele “entende e responde perguntas de forma rápida e precisa”. Aliás, essa descrição que você acabou de ler foi oferecida pela própria ferramenta quando perguntamos “Quem é você?”. Detalhe: a plataforma faz isso em diversos idiomas, sobre praticamente qualquer assunto.
Na prática, a inovação funciona como uma “Alexa supernerd” que responde aos comandos de seus usuários por texto, não por voz.
A tecnologia se diferencia por entregar respostas bem mais complexas que outros robôs que a antecederam, já que é capaz de responder a perguntas densas de forma coesa, mas consistente, cenário que abre infindáveis possibilidades: aquele trabalho da escola ou da faculdade, uma redação ou até mesmo uma linguagem de programação podem ganhar vida em segundos, com um único clique.
Aliás, se hoje a gente faz pesquisas usando o Google, pode ser que em um futuro não muito distante, o ChatGPT seja a nossa primeira opção. Mas não é só isso.
Até o mundo da paquera saiu fortalecido com a novidade. Lá no Tinder dá para pedir para o ChatGPT sugerir como puxar papo com uma pessoa após uma breve análise da bio dela, identificando o que vocês têm em comum.
Já está vislumbrando a oportunidade de ter mais tempo de descanso, lazer, e menos trabalho com atividades que podem consumir um tempão, não é mesmo?
É verdade. Por isso, a ferramenta vem trazendo uma série de discussões polêmicas pelas redes.
Vamos entender melhor!
O que é o ChatGPT?
“GPT” é, na verdade, uma sigla para “Generative Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”. Ele foi criado pela norte-americana OpenAI, empresa especializada em Inteligência Artificial, com sede em San Francisco.
Ela foi concebida para aprimorar assistentes virtuais, como a Alexa, que mencionamos, ou o Google Assistente. Para isso, se alimenta de informações que coleta na internet, que é a base de dados do algoritmo que permite ao ChatGPT detectar padrões, cruzando informações.
Sua única limitação é que seu banco de dados faz os cruzamentos com dados disponíveis até o ano de 2021 — o que não é um problemão, afinal, são bilhões de informações formadas por seu banco de dados até o período.
ChatGPT: como usar?
Rolou aquela empolgação e uma vontade avassaladora de saber como usar o ChatGPT, fale a verdade.
No Brasil, a ferramenta já está disponível em português e é gratuita, embora ofereça algumas vantagens para quem aderir aos planos pagos, que custam cerca de US$ 20 por mês ou, aproximadamente, R$ 100.
Antes do passo a passo, vale lembrar que, devido ao grande volume de acessos, o serviço às vezes tem apresentado algumas instabilidades; por isso, a principal vantagem de adquirir o plano é ter acesso prioritário ao algoritmo, mesmo se porventura a plataforma estiver congestionada no momento.
Se você estiver sem espaço em seu smartphone para baixar mais aplicativos, saiba que o robô da OpenAI pode ser utilizado em aparelhos Android e iOS por meio do navegador.
Vamos lá!
Passo 1.
Acesse a plataforma https://openai.com/blog/chatgpt. Faça login com uma conta Google ou Microsoft, ou clique em “Experimente o ChatGPT” para criar uma conta na plataforma.
Passo 2.
Crie uma conta com login e senha apertando em “Sign up”. A plataforma enviará uma confirmação de verificação de conta para o e-mail informado e, na sequência, um código de confirmação por mensagem de texto para o seu celular.
Passo 3.
Na tela seguinte, digite seu nome e sobrenome e clique em “Continue”. Ao fazer isso, você concorda com os termos de uso do serviço e confirma que tem mais de 18 anos.
Passo 4.
Superfácil, não é mesmo? Agora, você já está pronto para perguntar o que quiser para o ChatGPT na tela abaixo.
Perceba no campo inferior que nossa pergunta foi “O que é jazz?”. Confira a resposta:
Na imagem abaixo, um usuário perguntou para o robô quais seriam os jogadores da seleção brasileira mais adequados para a cobrança dos pênaltis na partida entre Brasil e Croácia, que resultou na eliminação do nosso país da Copa do Mundo do Catar. A resposta rendeu algumas gracinhas com o Tite nas redes sociais.
De receitas de bolo a dúvidas sobre física quântica, pergunte o que quiser por lá e avalie no canto superior direito da resposta se você ficou satisfeito ou não com a entrega, clicando nos ícones.
ChatGPT: polêmicas
O uso da plataforma vem sendo discutido por educadores, comunidades acadêmicas, pensadores e até pelas esferas políticas.
Imagine que, no começo deste mês, o deputado Matheus Cadorin (Novo), eleito em Santa Catarina, propôs um projeto de lei redigido com o auxílio do ChatGPT que já foi até protocolado pela Assembleia Legislativa do estado e visa regulamentar a visibilidade do estoque de medicamentos da rede estadual de saúde.
Até aí, tudo bem. O parlamentar não usou quaisquer meios ilícitos para isso e, inclusive, falou que contou com a contribuição da ferramenta.
Mas, se falarmos do contexto educacional, aquela mãozinha do software com o trabalho sugerido pela professora pode comprometer todo o processo de aprendizado de estudantes. Por isso, escolas e universidades estão em alerta para evitar que alunos utilizem o ChatGPT para fazer trabalhos escolares e acadêmicos, especialmente porque os mecanismos para descobrir textos criados na plataforma ainda não funcionam muito bem.
Daí a importância de falarmos sobre o uso ético das tecnologias baseadas em IA desde já. Aliás, aproveite e confira a resposta da plataforma para a pergunta “Quais os perigos do ChatGPT?”:
Ou seja, a inovação, que já representa a estreia de uma era revolucionária, pode ser como o ser humano: boa, se usada com consciência, para o bem, e ruim, se usada de forma mal-intencionada.
Vai caber a nós mesmos decidir quais histórias vamos querer contar lá na frente, quando tivermos mais clareza e dimensão de suas centenas de possibilidades.
Você se habilita a escrever uma bela história?
Conte para a gente, nos comentários!
