Olha que chato! Tem muita gente caindo no chamado “golpe do emprego” e sabemos que é difícil mesmo reconhecer se uma empresa é confiável ou não, entre tantas oportunidades que aparecem nas redes.
Mas quando a gente pede para que você tenha cuidado onde clica na internet, entenda: é para te precaver de todos os perigos que cercam o mundo on-line, mesmo com todas as maravilhas que a tecnologia pode nos proporcionar. Porque absolutamente ninguém é invulnerável na internet.
É lamentável que pessoas estejam sendo extorquidas por golpistas, especialmente quando se encontram em momentos de alta vulnerabilidade financeira e, consequentemente, emocional.
Daí a necessidade urgente de trazermos para você este post para compartilhar as péssimas novas, mas claro: sem deixar de trazer dicas importantes para se proteger na jornada rumo à recolocação profissional.
Entenda.
O cenário favorável para o golpe do emprego
Recentemente, três pessoas foram detidas por suspeitas de formação de quadrilha na cobrança de uma taxa de R$ 8 mil reais às suas vítimas sob a promessa de garantir cursos de formação para supostas vagas no Jovem Aprendiz – programa de formação profissional básica para o desenvolvimento de adolescentes e jovens que frequentam o ensino fundamental e médio.
Só que o projeto, pautado na Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000) tem como premissa promover tanto sua inscrição quanto o curso de formação, de forma gratuita.
Agora imagine. Por enquanto, falamos de um golpe por trás no nome de um projeto que contribui com formação para a inserção das juventudes carentes no mercado de trabalho. Nem chegamos no golpe do emprego, propriamente dito, ainda. Mas trazemos alguns números.
No mês passado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) trouxe à tona um índice preocupante: o desemprego subiu 8,8% no primeiro trimestre deste ano. Ao todo, o número absoluto de pessoas desocupadas teve alta de 10% contra o trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas.
O resultado é o menor para o trimestre desde 2015, quando fechou em 8%. Entre outubro e dezembro de 2022, o período registrou aumento de 0,9 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,1%.
Enquanto isso, de acordo com o levantamento da PSafe, entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022, mais de 600 mil tentativas do golpe do emprego foram detectadas, uma média de 120 mil por mês.
Com tantos brasileiros desempregados, esses crimes são cada vez mais comuns por um único motivo: pessoas se tornam vítimas fáceis dos golpistas justamente por estarem em situação de desespero – cenário absolutamente favorável para hackers que há anos estudam programação a fim de criar ambientes favoráveis para a prática desse tipo de fraude.
Como o golpe do emprego acontece?
Quando você clica em um link malicioso. Aquele que falamos por aqui com frequência: o phishing.
Phishing é um tipo de fraude em que cibercriminosos tentam obter dados pessoais e financeiros de um usuário por meio do envio de mensagens eletrônicas que:
• Tentam se passar pela comunicação oficial de uma instituição conhecida, como um banco, uma empresa ou um site popular;
• Procuram atrair a atenção do usuário, seja por curiosidade, por caridade ou pela possibilidade de obter alguma vantagem financeira;
• Informam que a não execução dos procedimentos pedidos pode acarretar sérias consequências, como a inscrição em serviços de proteção ao crédito e o cancelamento de um cadastro, de uma conta bancária ou de um cartão de crédito;
• Tentam induzir o usuário a fornecer dados pessoais e financeiros, por meio do acesso a páginas falsas que tentam se passar pela página oficial de uma instituição.
Desenvolvemos, inclusive, uma cartilha para que você saiba como se precaver do phishing neste link.
Mas como não cair nessa cilada?
Aceitando, primeiramente, que nem tudo o que chega em seu e-mail, WhatsApp, nas redes sociais ou mesmo por SMS é confiável. E isso vale mesmo para links supostamente enviados por algum amigo.
Na cartilha indicada acima trazemos todos os pontos, mas as noções básicas para que você não caia no golpe do emprego são essas:
1. Suspeite! Suspeite! Suspeite!
Conforme recomendamos acima, desconfie de toda e qualquer informação compartilhada nas redes, especialmente quando a pauta for emprego, brindes, promoções, descontos ou cupons.
2. Cheque os sites oficiais dos supostos contratantes antes de clicar em links
Perceba que, no caso dos golpes do Jovem Aprendiz, tudo teria sido resolvido sem desgastes se as vítimas tivessem checado as condições descritas no site oficial do programa.
3. Tire a prova nas plataformas de busca
Uma breve verificação do nome da empresa que oferece a oportunidade no Google, por exemplo, já te dará algumas pistas. Checou, e ela existe? Tire mais uma prova. Procure pelo seu CNPJ e seus dados de contato oficiais nessa busca e ligue, se necessário.
4. Mas eu me inscrevi para a oportunidade?
Nem sempre é fácil ter o controle das oportunidades para as quais foram enviados seu currículo ou portfólio, afinal, há candidatos que mandam para dezenas por dia. Mas sempre se pergunte ao receber qualquer contato: “eu me inscrevi?”. Perceba que não faz sentido algum ser selecionado para uma oportunidade que nem contou com a sua inscrição, não é mesmo?
5. Não clique! Não clique! Não clique!
Nós já falamos, mas essa dica NUNCA é demais: não clique em qualquer link. E essa máxima vale para tudo na internet.
Na primeira suspeita, o melhor a fazer é ignorar a mensagem. Se você recebeu, por exemplo, um e-mail ou WhatsApp supostamente empresarial cujo endereço eletrônico é Gmail, Hotmail, Outlook ou qualquer outro usado por pessoas físicas, avalie com muito mais cuidado e, na dúvida, apague ou bloqueie o remetente, imediatamente.
Afinal, não é estranho receber um e-mail de cobrança de um banco com uma arroba que não discrimine a instituição? Ou uma oferta de emprego de uma empresa com o endereço de um provedor popular?
6. Atenção aos detalhes
Mantenha o radar ligado ao receber mensagens com textos confusos e erros de português. Uma empresa séria não comete esse tipo de deslize, pode acreditar.
7. Quer meus dados para quê?
Se o remetente solicitar seu CPF, dados bancários ou qualquer outro dado pessoal sensível em links de procedência duvidosa, tenha certeza: é golpe. Não forneça e elimine-o imediatamente de seus contatos.
8. Fuja de cobranças
Jamais efetue pagamentos para pessoas ou empresas que cobram por sua participação ou que exijam qualquer curso necessário para uma suposta contratação. Empresas sérias não utilizam essas práticas para que candidatos participem de processos seletivos.
Mantenha a calma, se possível, e busque agir com sabedoria, mesmo nos momentos em que a vida cobrar muita resiliência.
Enquanto você procura por recolocação, pense que, no tempo livre, pode tornar seu currículo mais poderoso se investir na própria qualificação via cursos gratuitos on-line.
E olha, se você curte tecnologia, a gente já deixou várias dicas de capacitação gratuita por aqui.
Confira nos posts indicados abaixo e considere fazer história em um mercado disposto a abraçar a todos e todas – até porque, o que mais há nessa área são vagas e estão faltando profissionais para ocupá-las no mercado, combinado?
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