Eles viraram mania no pulso de quem se amarra em tecnologia. Com design sofisticado e cores mil que ainda podem ser combinadas com o look de cada dia – pelo menos entre usuários que colecionam pulseiras em tons diversos –, os smartwatches calculam a quantidade de passos diários de pessoas mais ativas e mesmo daquelas que evitam a fadiga. Mas será que é só isso?
O dispositivo faz parte da família dos chamados wearables (dispositivos vestíveis), muito popularizados em 2020, no auge da pandemia, quando as vendas no país cresceram 81% em relação ao ano anterior – na época, a principal motivação de compra eram fatores ligados à saúde, afinal, em meio ao susto global, manter o corpo monitorado 24 horas por dia acabava sendo uma fonte de alívio.
Mas recentemente passaram por uma leve queda de aquisições. Segundo dados do relatório da consultoria Counterpoint Research, o primeiro trimestre de 2023 registrou vendas 1,5% menores. Mesmo assim, as preocupações com o descanso continuam na principal mira de quem usa esses dispositivos.
Dados de um levantamento realizado pela SleepUp mostram que 55% das pessoas no Brasil monitoram o sono por meio de tecnologia, maioria (31%) por meio dos smartphones, enquanto 12% do público que sofre de insônia prefere o monitoramento via smartwatch. Mas, no todo, muita gente ainda usa o relógio inteligente como uma extensão do próprio celular e, de uns tempos para cá, o uso do dispositivo vem levantando algumas dúvidas.
Será que esses aparelhos são tão precisos mesmo?
Eles podem representar algum perigo para quem usa, por exemplo, marca-passo?
Fique! Porque daqui até o final deste post entregaremos as respostas para essas perguntas, mas antes saiba como explorar melhor as funcionalidades do seu smartwatch!
Smartwatch: o que pode fazer em benefício da sua saúde?
Foco nas atividades físicas
Alguns smartwatches possuem sensores que rastreiam a distância percorrida, calorias queimadas e até mesmo a frequência cardíaca durante o exercício físico. Isso permite que os usuários acompanhem suas atividades diárias e ajustem seus hábitos para uma vida mais ativa.
Alerta para “cardioproblemas” futuros
Ao monitorar a frequência cardíaca ao longo do dia ou durante as práticas esportivas, ele pode auxiliar no controle e na detecção precoce de complicações cardiovasculares.
Monitoramento do sono
A funcionalidade de maior adesão entre usuários registra a qualidade do sono, medindo a duração e os períodos em que as pessoas dormem ao longo da jornada noturna. Nesse cenário, fica mais fácil entender os padrões de sono para adotar medidas que possam colaborar para a melhoria da qualidade do descanso.
Lembrete para mover e respirar
Alguns smartwatches enviam notificações para dar uma “chacoalhada” em seus usuários, lembrando-os da necessidade de se movimentarem após longos períodos de inatividade. Há modelos que ainda incluem recursos de respiração guiada para ajudar a reduzir a ansiedade.
Estresse, não!
Além da respiração guiada, alguns dispositivos entregam recursos de monitoramento do estresse que analisam o nível de esgotamento ao longo do dia e sugerem técnicas de relaxamento.
Monitoramento dos níveis de oxigênio no sangue
Já há aparelhos disponíveis no mercado prontos para a medição dos níveis de oxigênio no sangue, o que pode ser útil para acompanhar a saúde respiratória.
Incentivo à motivação
Muito além de fornecer informações úteis, os relógios inteligentes podem servir como ferramenta motivacional, permitindo que seus usuários estabeleçam metas pessoais e acompanhem o progresso ao longo do tempo.
Mas afinal: smartwatches podem ser perigosos?
Estudos revelam alguns riscos dos relógios inteligentes para a saúde dos usuários, motivos quase sempre relacionados a modelos ainda pouco eficientes – que fornecem informações incorretas ou que podem interferir no funcionamento de implantes cardíacos.
De acordo com novos levantamentos de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, alguns modelos mais recentes trazem a tecnologia conhecida como bioimpedância embutida – recurso muito presente em consultórios de nutricionistas e educadores físicos.
Por um lado, a inovação é bacana porque ela gera uma pequena corrente elétrica capaz de avaliar a composição muscular, óssea e de gordura do usuário.
Só que, acoplada aos relógios de pessoas que usam dispositivos como marca-passos, ressincronizadores e desfibriladores implantáveis – que dependem da eletricidade para monitorar o coração e manter o seu funcionamento adequado – a atividade dos aparelhos pode sofrer influência de correntes que passam pelo corpo.
Nesse caso, a recomendação de especialistas para pacientes com implantes cardíacos é evitar os gadgets com a tecnologia, então, se você estiver nesse recorte, procure saber, diretamente com o fabricante, se o seu dispositivo conta com a novidade.
Jamais dispense o auxílio médico
Estudiosos lembram que smartwatches jamais devem ser usados como um substitutivo das agendas médicas periódicas e alertam que qualquer anormalidade verificada pelos relógios deve estimular o usuário a buscar a ajuda de um especialista.
O monitoramento de sono desses dispositivos, por exemplo, ainda não está suficientemente preparado para substituir uma polissonografia – exame que detecta a qualidade do repouso.
Nesse cenário, considere que os smartwatches apresentam-se como aliados importantes da saúde, mas jamais serão capazes de ocupar o lugar da medicina.
Já tem o seu?
Então, compartilhe com a gente, nos comentários, se ele está atendendo suas necessidades ou se está dando alguma brecha, combinado?