Um grupo fechado no Facebook com mais de 1 milhão de participantes, reunidos em torno do mesmo interesse de compartilhar sua opinião sobre um dos candidatos à Presidência, foi invadido por hackers.
Seu conteúdo foi alterado, os administradores foram excluídos e também tiveram suas contas pessoais acessadas. Convidado por um veículo de comunicação a fazer uma coluna periódica sobre as eleições, o vocalista de uma banda brasileira teve igualmente seu perfil na mesma rede social alterado e, em seguida, apagado.
Manifestações claras de intolerância e discursos de ódio, os dois episódios recentes colocam em alerta todos os usuários das mídias sociais: é essencial denunciar e se proteger.
Ocorrências como essas, fake news e todo tipo de manipulação de dados com fins ilícitos na rede já estavam entre as preocupações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a campanha deste ano e motivaram a criação do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, com representantes da Justiça Eleitoral, governo federal, Exército Brasileiro e sociedade civil.
Tudo para debater e adotar medidas de prevenção e combate mais efetivas. Dois fatores, em especial, justificam a prevenção: a proibição do financiamento de campanhas por empresas, o que leva à busca de ferramentas de exposição mais acessíveis, e a autorização inédita para que os candidatos possam pagar redes sociais para divulgar e impulsionar seu conteúdo, o que está liberado desde agosto.
“É a primeira vez que a plataforma digital poderá ser usada para alavancar a campanha eleitoral, mas para isso cuidados são necessários, como manter um registro público de tudo o que estiver sendo feito e apenas considerar legais pagamentos feitos por meios rastreáveis, entre outras diretrizes”, destaca o presidente da ONG SaferNet, Thiago Tavares, membro do conselho do TSE.
É fundamental também que os próprios usuários denunciem qualquer prática que possa se configurar em crime eleitoral, para que chegue ao conhecimento das autoridades e tomadas as devidas providências. Basta acessar nosso canal online”, diz.
“Além disso, podemos orientar as pessoas afetadas e intermediar o contato com os responsáveis pela rede social para agilizar a solução, como fizemos neste caso recente do grupo do Facebook invadido por rackers e que está sob investigação”, diz.
Para maior segurança, a SaferNet recomenda a ativação imediata da autenticação em duas etapas em todas as contas de e-mail e redes sociais, evitando o acesso criminoso ao perfil, roubos de senhas e clonagem do WhatsApp, por exemplo.
Com esse recurso, são solicitados dois tipos diferentes de senhas para entrar nas contas, um deles em geral emitido na hora, mediante autorização via mensagem no celular, e-mail ou aplicativos como o Google Authentication. Confira abaixo como proceder:
- Passo a passo de autenticação em dois fatores do Facebook.
- Passo a passo de autenticação em dois fatores no Google, G-Mail e Android.
- Passo a passo de autenticação em dois fatores no WhatsApp.
- Passo a passo de autenticação em dois fatores no Twitter.
- Passo a passo de autenticação em dois fatores no Instagram.