Não tem como falar em futuro sem entender que estamos falando do agora: códigos assumiram um papel decisivo nas relações e a tecnologia está em tudo, promovendo impactos na vida cotidiana, na educação e no mercado de trabalho na velocidade da Era Digital.
Se você é do time #PesquisaSim e reconhece que a pauta da vez é inovação, este post é seu, porque aqui entregamos dados valiosos do primeiro livro da série de três do estudo Human Coders: Reprogramando o Futuro, projeto realizado pela Mariposa (produtora de conteúdo), com o apoio da Fundação Telefônica Vivo, a Zup e o Itaú.
Human Coders?
Sim! Falamos dessa nova tribo formada por cidadãos globais com habilidades-chave para o mundo digital e analógico, como: aprender a aprender, colaborar em ambientes diversos e resolver problemas complexos, além, obviamente, de saber programar!
O fator humano diz respeito à necessidade de desenvolver cada vez melhor as habilidades socioemocionais de programadores, afinal, hoje buscamos tecnologias centradas nas pessoas, não nelas mesmas.
Só que, para democratizar a programação, é necessário, antes de tudo, programar a sociedade para o letramento no universo dos códigos para que desenvolvedores assumam, de fato, a responsabilidade de tornar o mundo digital cada vez mais humano.
Por isso o volume 1 é um convite para pensarmos em como vamos educar quem pretende programar as sociedades digitais.
Preparados?
Valendo!
Programadores: por que são importantes?
Quase todo mundo hoje tem um companheiro digital inseparável: o smartphone. E ele serve para muitas coisas que vão além de fazer e receber chamadas telefônicas (aliás, você ainda faz isso?). Há modelos, inclusive, mais poderosos que computadores de mesa ou notebooks.
Pense na quantidade de apps instalados no seu e na quantidade de produtos digitais dentro de lojas como Google Play e Apple Store e considere que, para cada um deles é necessário, no mínimo, um programador.
Aí, imagine que aplicativos mais complexos, como o Facebook, exigem times inteiros de devs (desenvolvedores) com especialistas em frentes distintas: front-end, back-end, banco de dados e assim por diante. Todos necessários para manter o sistema funcionando, corrigindo erros e fazendo melhorias contínuas.
Essa realidade se torna preocupante nos dias atuais, porque não há demanda maior no mundo de profissionais em formação que a de pessoas que saibam programar. Por isso as instituições que preparam devs têm pressa: formar esse time em velocidade capaz de diminuir o gargalo de mercado que cresce muito mais rápido do que elas mesmas conseguem atender.
Sentiu o drama?
No Brasil, a procura pela carreira cresceu 30% em 2022. Entre as 10 profissões de maior apelo no setor tech, estão: analista de sistemas, analista de suporte, analista de business intelligence e desenvolvedor.
(Convença-se dos benefícios de investir nessas carreiras aqui!)
Até 2030, estima-se que existirão, pelo menos, 45 milhões de devs no mundo, segundo o SlashData, e o mercado de formação de profissionais do setor de tecnologia deve ter uma demanda de 6,3 milhões de desenvolvedores até 2025, de acordo com a Microsoft.
Mas quais os desafios da formação de programadores?
No eixo educacional, o estudo Human Coders constatou que, além da disparidade entre a oferta e a demanda de devs, o setor peca pela falta de diversidade de gêneros, raças, gerações e culturas por detrás da criação dos códigos.
No Brasil, 6 em cada 10 programadores têm menos de 30 anos. Outros 3 em cada 10 têm até 40 anos. Em 65% dos casos, são homens. As mulheres representam no máximo 20% das equipes e em 33% das situações não há nenhuma pessoa negra nesses times.
Quando a pauta é gênero, falta muito arco-íris nessa escalação. O campo de estudo detectou que apenas 11% dos entrevistados da área declararam gênero diferente de homem e mulher nas equipes. Só 15% são pessoas com algum tipo de deficiência.
Para vencer a alta demanda desses profissionais, o desafio da área é unir as soft skills (habilidades comportamentais) com a chamada tech savvy. Em bom português: potencializar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais ao mesmo tempo em que se trabalha a proficiência tecnológica.
Raio-X motivacional e emocional
Sabe o que está atraindo mais pessoas para o mundo dos códigos? A qualidade de vida!
Os top 3 fatores decisivos na hora de escolher a programação são:
a) Valor do salário (para 59% dos entrevistados)
b) Equilíbrio entre vida e trabalho (para 40%)
c) Flexibilidade de horário (para 30%)
40% dos devs trabalham entre 41 e 50 horas semanais, 15% ultrapassam as 51 horas. No eixo do bem-estar, 35% manifestaram preocupação com a saúde mental, enquanto 16% afirmaram que já estiveram estressados no passado.
Programação e metodologias de ensino
Por trás da formação de Human Coders, as metodologias da programação se somam às de educação, se retroalimentando para impactar salas de aula mundo afora.
Alguns desses conceitos são tendências consolidadas no aprendizado de jovens, crianças e programadores da era digital. Listamos os principais:
Aprendizagem Baseada em Problemas: metodologia de ensino autodirigida em que os princípios e as teorias são aprendidos por meio de problemas reais e complexos como caminho para aprender a lidar com a instabilidade e o inesperado em um mundo cada vez mais imprevisível.
Aprendizagem Baseada em Projetos: método em que a aprendizagem começa com um desafio lançado e termina com a entrega de um produto final apresentado para toda a sala, favorecendo o trabalho autodirigido em conjunto e a aplicação de novas habilidades.
Aprendizagem Baseada em Jogos: muito além do mero entretenimento, os games entram para facilitar o entendimento de conceitos por meio da resolução de problemas, tentativa, erro e simulações. Assim, uma matéria considerada difícil se torna desafiadora dentro de um jogo e engaja muito mais estudantes.
Quer saber mais sobre o impacto da educação em programação e como ela já determina os rumos do século XXI?
Confira o volume 1 do estudo, na íntegra, no link!