Desde que o mundo foi atingido pela pandemia provocada pelo novo coronavírus, órgãos e profissionais da ciência do mundo inteiro voltaram sua atenção para desenvolver uma vacina que combata a doença. Segundo dados da página exclusiva do Google News sobre a COVID-19, mais de 2,5 milhões de pessoas já foram infectadas no mundo todo.
Durante o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, a tecnologia é parte fundamental do processo e é conhecida como biotecnologia, uma ciência que, a partir de organismos vivos, cria produtos para melhorar a forma como vivemos, usando de conhecimentos acadêmicos, tecnológicos, experimentação e constante inovação.
Entre os resultados mais relevantes desenvolvidos a partir de estudos da biotecnologia está o sequenciamento do nosso DNA, por exemplo. Isso possibilitou a descoberta para cura de doenças, o cultivo de células para a produção de vegetais, o tratamento do lixo produzido pelas pessoas, entre outras aplicações.
O desenvolvimento de uma vacina
Produzir uma vacina pode demorar anos ou até décadas. A demora não se deve apenas à descoberta de uma forma efetiva de combater e neutralizar o vírus, como também aos vários passos necessários para garantir a segurança da aplicação das vacinas sem nenhum efeito colateral. O desenvolvimento de uma vacina começa com a identificação do chamado agente causador da doença, passando por testes rigorosos de agências reguladoras de saúde, finalizando na produção em larga escala e distribuição à população.
Segundo anúncio da OMS, até o momento, 76 pesquisas estão em andamento para desenvolver uma vacina contra a COVID-19 e uma das pesquisas apresentou resultados promissores até então. Porém, apesar dos bons resultados, a vacina ainda precisa percorrer as etapas de validação e segurança, passando por diversos testes e ensaios clínicos.
O Brasil, que possui o maior programa público de imunização do mundo, está realizando estudos para desenvolver uma vacina contra a COVID-19, conforme conta Ricardo Gazzinelli, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), pesquisador da Fiocruz e coordenador do INCTV (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas) em entrevista ao Viva Bem. Segundo Ricardo, uma vacina eficaz contra o vírus provavelmente só estará finalizada no primeiro semestre de 2021.
Apesar das inúmeras pesquisas que estão acontecendo, ainda não existe nenhum medicamento ou vacina que combata o novo coronavírus. Em caso de sintomas da doença, o correto é sempre buscar um profissional de saúde e continuar a seguir as recomendações de higiene e prevenção da OMS e demais órgãos de saúde.
Porém, cientistas, médicos e especialistas em saúde e biotecnologia estão trabalhando diariamente em prol do combate ao novo coronavírus, utilizando a tecnologia como aliada em pesquisas, extração de dados, mapeamento do vírus e testes, para garantir vacinas e medicamentos seguros para toda a população.