Inteligência artificial pode ajudar a combater câncer

27 de dezembro de 2016

O câncer é uma das doenças que mais desafia a ciência. Caracterizado pela divisão desordenada de determinados grupos de células, muitas complicações podem surgir a partir disso. Podendo atingir diferentes partes do corpo, com diversos comportamentos e tipos de células afetadas, o câncer se mostra uma doença bastante complexa. Por isso, mesmo com tantos avanços nas técnicas de tratamento, ainda não é possível compreender todas as variáveis e tratá-lo de maneira efetiva.

Mas e se existisse uma memória unificada e acessível, que comportasse pesquisas, textos acadêmicos e diários médicos sobre diversos tipos de câncer? E se essa memória fosse capaz de cruzar dados e sugerir as melhores possibilidades de tratamento, de acordo com as particularidades de cada caso?

É dessa maneira que a inteligência artificial tem se tornado uma das grandes apostas da comunidade médica para o combate ao câncer. A Sociedade Americana de Câncer firmou parceria com a IBM para otimizar os tratamentos usando a computação cognitiva, que é o sistema de inteligência artificial da empresa, chamado Watson. Essa tecnologia consegue captar informações de diversas maneiras, como por falas, imagens e texto. A partir disso, começa um processo de aprendizado, como é também, resumidamente, com o cérebro humano.

Com isso, o médico pode contar sobre um caso de câncer para Watson, que busca dados em sua base. A partir de padrões encontrados, o sistema pode sugerir novos insights e alternativas de tratamento. “Isso tem o potencial de mudar totalmente a maneira como conduzimos a medicina no mundo. É um passo revolucionário.”, disse Larry Norton, chefe do Departamento de Câncer de Mama do Memorial Sloan Kettering, à Superinteressante.

Iniciativas parecidas também estão sendo desenvolvidas por outras companhias de tecnologia. A Microsoft trabalha no Projeto Hanover, uma máquina de aprendizagem que pretende sugerir as melhores combinações de medicamentos para o tratamento de cânceres específicos. Essa tecnologia teria como base o processamento de uma grande quantidade de arquivos da literatura médica. Alguns testes estão sendo desenvolvidos em parceria com o Instituto de Câncer Knight para o tratamento da leucemia mieloide aguda, um tipo de câncer que geralmente é fatal.

Já o Google, por meio da instituição DeepMind, está trabalhando em um projeto que pretende ajudar a diferenciar o tecido cancerígeno do saudável. Com isso, a radioterapia teria um aumento na precisão de tratamento nas células danificadas nas regiões da cabeça e do pescoço.

Fonte: Dialogando - Inteligência artificial pode ajudar a combater câncer Dialogando

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