Os números do setor de transporte rodoviário e urbano no Brasil impressionam. A Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) estima um custo social de cerca de R$ 67 bilhões ao ano com acidentes, englobando mais de 40 mil mortes no mesmo período, perda da capacidade produtiva por lesões, danos à propriedade pública ou privada, despesas médicas e hospitalares.
O meio ambiente também sofre: no mundo, o prejuízo econômico anual da poluição causada pelo tráfego chega a quase a 1 trilhão de dólares, também contabilizando mortes e doenças, segundo o International Transport Forum.
As duas tecnologias revolucionárias – Internet das Coisas (IoT) e Machine Learning – podem ajudar a reverter esse quadro, com inúmeras possibilidades de aplicação.
O monitoramento de veículos por sistemas de geolocalização já é comum, mas a adoção de sensores inteligentes e equipamentos conectados possibilitam levantar milhões de informações diariamente em tempo real, incluindo o funcionamento do automóvel, o comportamento do motorista, os riscos encontrados nos percursos e o índice de acidentes.
A análise dos dados gerados pode ser útil não só para uma empresa de seguro determinar o perfil e o risco de sinistro real de cada cliente, por exemplo, mas também oferecer indicadores importantes para agentes de trânsito, como um mapa dos locais com maior incidência de colisões.
A infraestrutura conectada abre caminho para processos de manutenção mais efetivos contra desgastes e prevenção de fatalidades.
A ponte New Carquinez, em São Francisco, recebeu 33 pontos de Internet das Coisas em sua estrutura que monitoram as condições da edificação, tensão dos materiais, velocidade do vento e temperatura, entre outros indicadores.
Dessa forma, é possível simular como a construção reagiria em caso de intempéries climáticas e terremotos, detectar a necessidade de reparos e evitar colapsos.
O projeto SolarRoadways também se apoia nessa energia limpa. A ideia é criar uma estrada formada por painéis de vidro resistentes e que contêm células fotovoltaicas, sensores de IoT e luzes de LED.
Ao invés de gastar tempo e dinheiro pintando e retocando a sinalização de solo, basta programar a versão desejada e projetar nos painéis, que interagem com o ambiente e se aquecem para prevenir o acúmulo de neve e gelo.
O protótipo testado no ano passado, como toda inovação, ainda exige ajustes, mas oferece uma visão de futuro com boas perspectivas para a mobilidade.
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Projeto maravilhoso !
Ótima iniciativa , deve se estender para o Pais inteiro.
Patricia, a Internet das Coisas é realmente incrível, né? É uma infinidade de possibilidades!
Gosto muito de tecnologia e fico muito feliz que, sabendo aplica-la com sabedoria, é possível sim melhorar o mundo e a forma de viver.
Obrigado pela matéria!
Obrigado, Wendell! É esse nosso objetivo, incentivar as pessoas a utilizar a tecnologia com consciência. Continue acompanhando nosso conteúdo!