Tecnologia previne perda total de acervos inestimáveis

5 de setembro de 2018

Mais de 200 anos de história perdidos no último dia 2 de setembro. O belíssimo prédio do Museu Nacional, no Rio de janeiro, sofreu um incêndio de grandes proporções, perdendo acervos inestimáveis.

A extensão total dos danos é de 90% de seu acervo, com mais de 20 milhões de itens catalogados. Áreas como zoologia, arqueologia, botânica e antropologia, foram afetadas – incluindo o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo do Brasil.

Uma pequena parcela dos artefatos passou por tomografias desde o ano 2000, compondo um arquivo tridimensional. Agora uma força-tarefa de pesquisadores pretende usar a impressão em 3D para recompor esses elementos.

Inovações tecnológicas já são usadas com o mesmo propósito: digitalizar para preservar. E poderiam ter feito toda a diferença nesta tragédia, anunciada pela falta de investimentos no patrimônio cultural brasileiro.

Criada em 2014, a iniciativa Scan The World tem como objetivo digitalizar as mais importantes obras de arte dos acervos dos maiores museus do mundo.

Acessível a especialistas e interessados em geral, a plataforma já acumula mais de 21 mil horas de escaneamento de 12.711 peças de valor histórico incalculável.

Instituições como o Museu do Louvre, em Paris, o Getty Center, em Los Angeles, e até mesmo o Vaticano, em Roma, são algumas dos museus atendidos.

Cada objeto é registrado pelo método da fotogrametria, que reconstrói o espaço tridimensional com a composição de cerca de 50 fotografias digitais sobrepostas.

Já o projeto Open Heritage, capitaneado pelo Google em parceria com a organização sem fins lucrativos CyArk, tem como meta desenvolver um arquivo digital permanente e tridimensional dos principais monumentos e sítios arqueológicos do planeta.

São utilizados recursos como o Lidar (sistema de mapeamento a laser instalado em veículos autônomos), fotogrametria e drones. A ideia é que esse banco de dados ajude inclusive a reconstruir esse acervo em caso de danos – propositais ou não.

A ONG foi fundada por Ben Kacyra, depois de ter testemunhado a destruição por terroristas de estátuas budistas com mais de 1.500 anos no Afeganistão.  

Por exemplo, no acervo há a recriação em realidade virtual do templo de Ananda Ok Kyaung, na Birmânia, no sul da Ásia. O registro ocorreu antes que um terremoto provocasse seu desmoronamento em 2016.

Para visualizar os arquivos, os usuários podem baixar o aplicativo do Google Arts & Culture, além de solicitar o download para ações educativas ou mesmo programas de restauração. A ferramenta está disponível em iOS e Android.

Fonte: Dialogando - Tecnologia previne perda total de acervos inestimáveis Dialogando

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