Por que a Quarta Revolução Industrial é diferente das outras?

10 de abril de 2018

“As mudanças são tão profundas que, da perspectiva da história humana, nunca houve um momento tão promissor e, ao mesmo tempo, mais arriscado”. A frase do professor Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial, resume o nível de expectativa global em torno da chegada da chamada Quarta Revolução Industrial. Algo tão relevante que não se compara ao advento da máquina a vapor no século 17, à exploração da energia e combustíveis fósseis no século 19 e à automatização na década de 70. A internet e os celulares marcam as mudanças recentes, mas, para Schwab, autor de um livro sobre o tema, essa revolução difere de todas as outras. “Estamos testemunhando o surgimento de tecnologias que interligam os mundos físico, digital e biológico, com impactos não só na indústria, mas em todos os segmentos sociais e econômicos, desafiando nossos conceitos sobre o que é ser humano”, diz.

Analistas preveem que no auge da Quarta Revolução as fábricas do futuro operarão apenas com os chamados sistemas ciberfísicos, que usam recursos computacionais como a Inteligência Artificial (IA) para controlar componentes físicos e otimizar processos. Uma máquina da linha de produção, por exemplo, será capaz de prever falhas e iniciar sua manutenção de forma autônoma.  Conectada a uma série de outros dispositivos por meio da Internet das Coisas (IoT), abrirá inúmeras possibilidades para ampliar a eficiência das corporações sem a limitação das instalações físicas. Processos de logística, segurança, design de produtos e até mesmo o atendimento ao consumidor sofrerão grandes transformações, em uma sociedade em que tudo e todos estão conectados.

O marco da Quarta Revolução Industrial será a entrada em operação da 5G, rede celular de nova geração com capacidade e tecnologia para suportar os requerimentos, número de usuários e volume de dados e transações dos 50 bilhões de dispositivos que devem estar conectados pela IoT em 2020. 100 vezes mais rápida que a conexão 4G e pelo menos 10 vezes mais veloz que a mais poderosa internet de banda larga já disponível, habilitará o download de um arquivo de 8Gb em inacreditáveis 6 segundos.

Mas esse não será o único diferencial da estrutura que rodará atividades tão complexas como a comunicação entre carros autônomos e estradas ou mesmo cirurgias a distância. Justamente para atender a essas demandas, a 5G foi desenvolvida com um tempo de resposta extremamente baixo, ou latência, no termo técnico, que designa o prazo que um pacote de dados leva de um ponto ao outro. É o fim dos travamentos e delays. Esqueça também os congestionamentos de rede: a 5G poderá suportar até 1 milhão de dispositivos conectados ao mesmo tempo – por quilômetro quadrado!

Prevista parar entrar em operação experimental a partir de 2020, a rede 5G demandará investimentos de US$ 200 bilhões por ano até 2035, data em que alcançará um faturamento estimado em US$ 12 trilhões em bens e serviços, conforme dados do IHS Markit.

Fonte: Dialogando - Por que a Quarta Revolução Industrial é diferente das outras? Dialogando

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Comentário(s)

    1. Ótimo questionamento, Karuna. Por isso é muito importante que o diálogo esteja sempre presente em nossa sociedade.

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