Protegendo as crianças na web

1 de dezembro de 2015

A Internet é uma janela para o mundo. Como todo espaço público, é aberta para descobertas, experimentações, aprendizagens e também um espaço com situações de risco e pessoas mal intencionadas. Pensar a proteção das crianças nestes ambientes significa acompanhá-las nos primeiros anos de navegação e prepará-las para perceber e se proteger da exposição a conteúdos e contatos impróprios.

Mas muito além disso, proteger é apenas um dos passos e precisa estar acompanhado da oferta de oportunidades, não apenas de acesso, mas também oferta de referências positivas, saudáveis e de conteúdos apropriados. Além da oferta, precisamos sempre estimular a participação das crianças nos ambientes digitais para que elas possam ir desenvolvendo habilidades para reconhecer as oportunidades e evitar as situações de perigo. Assim como viver pode ser considerada uma aventura arriscada, navegar nas redes também pode nos expor aos riscos. O desafio é estar por perto das crianças para que possam desfrutar das oportunidades de acordo com sua idade e ajudá-las, desde os primeiros cliques, a desenvolver a maturidade para passear nesta gigantesca praça pública que chamamos de Internet.

Então, vale lembrar que proteção precisa sempre ser parte de um processo de educação mais amplo que envolve:

1. Oferta de suportes para acesso com qualidade e acompanhamento.
2. Proteção com relação às diferentes formas de violência on-line e conteúdos impróprios.
3. Participação direta das crianças na negociação dos limites e das regras de uso.

No caso de contato ou situação que incomode seus filhos, vale colocar-se como referência deles e combinar as formas de reação que podem envolver os 4 passos:

  1. Bloquear o agressor
  2. Denunciar
  3. Pedir ajuda a alguém de confiança
  4. Explicar para a criança, com linguagem simples, a importância destes cuidados

A participação dos pais é fundamental para a formação cidadã do filho também no web:

  • Mantenha um dialogo aberto com seus filhos para conhecer o que fazem on-line e poder orientá-los sobre o certo e errado;
  • Não confunda a capacidade técnica de seus filhos usarem a Internet e os celulares com a maturidade e capacidade crítica de interpretar e resolver situações de problema na rede;
  • Proibir não educa nem previne, uma relação de confiança e muito diálogo ainda é a melhor tecnologia;
  • Provoque conversas sobre a noção que seus filhos têm de privacidade e se entendem a dimensão pública dos ambientes digitais, reforçando que as leis valem na rede como valem na praça pública;
  • Caso seu filho se envolva em algum problema, não condene ou recrimine de imediato. O mais importante é acolher e proteger, para minimizar a angústia da vergonha que sente justamente em relação aos pais e amigos. É importante estar junto não apenas para resolver racionalmente, mas principalmente para apoiar psicologicamente neste momento de crise.
Fonte: Dialogando - Protegendo as crianças na web Dialogando

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