A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2014, que mostra os hábitos de crianças e adolescentes na Internet (leia aqui), revelou dados interessantes a respeito do uso dos jovens de 9 a 17 anos em redes sociais. Segundo o estudo, 79% deles estão em alguma rede social Facebook, Instagram, Twitter etc. A pesquisa também aponta que 52% dos jovens utilizam perfis público contra 31% que mantêm seus dados privados.
As causas para isso podem variar. Quando se criam uma conta em uma rede social, o comportamento padrão do site é o de deixar as informações do usuário como públicas (segundo dados da pesquisa, 56% das crianças e adolescentes nas redes sociais dizem saber como alterar as configurações de privacidade). Se o usuário não fizer a mudança, as postagens estarão visíveis para qualquer pessoa.
Mas além dos problemas relacionados à superexposição, há uma outra questão: ao aceitar os termos de uso destes serviços, muitas vezes concorda-se em ceder aos sites o direito de uso dos dados cadastrados.
Quando se trata de crianças e adolescentes utilizando as redes sociais, isso se torna bastante delicado. E algumas situações podem ser evitadas se houver pequenos cuidados. Confira algumas dicas de como preservar a privacidade on-line:
– Ler os termos de uso
É verdade que quase sempre são textos compridos e que podem parecer chatos, ou até de difícil compreensão. Mas mesmo assim é importante fazer uma leitura atenta antes de concordar com os termos de uma rede social para saber exatamente até onde seus dados podem ser utilizados e de que maneira. Caso contrário, é como assinar um contrato sem ler.
– Conhecer as possibilidades de cada rede
Cada rede social possui uma área de configurações em que é possível determinar os graus de privacidade desejados. Clicar e ler essa seções ajudam a descobrir a melhor maneira para formatar o seu perfil da maneira que lhe pareça mais adequada.
– Converse com crianças e adolescentes sobre a importância da privacidade
A Internet é uma ferramenta importante no dia a dia de crianças e adolescentes. Entender que esse ambiente também precisa de regras é bastante importante tanto para eles como também para os pais ou responsáveis. Confira o talk show com a educadora Cris Poli com dicas para o diálogo com os filhos sobre o uso de tecnologia.
– Manter o bom senso
Essa parece óbvia, mas às vezes postamos por impulso, sem pensar muito. E as redes sociais são um ambiente muito propício para a superexposição. É legal pensar um pouco antes de postar algo, levando em conta quem vai ver esse conteúdo.