Segurança digital é um assunto que preocupa muitos pais e, na maioria das vezes, não é solucionado da forma como deveria. Afinal, como saber se seu filho está completamente seguro quando o acesso a internet deixa de ser apenas no computador de casa?
De acordo com uma pesquisa, divulgada em julho de 2015, pelo Comitê Gestor da Internet (CGI), 82% dos jovens acessam a internet também por meio de Smartphones e 32% através de tablets. Foram ouvidos mais de 2 mil jovens.
Em contrapartida, os riscos da Internet não são os mesmos de anos atrás. A Internet reflete a nossa realidade e, infelizmente, há crimes em todas as sociedades. Assim como as conquistas e oportunidades online avançam, com recursos cada vez mais incríveis e positivos, também os criminosos se aperfeiçoam.
Antes, grande parte desses riscos podiam ser solucionados com programas capazes de bloquear determinados sites ou acompanhando fisicamente o uso da Internet pelas crianças.
Hoje, é essencial que se faça uso de uma antiga tecnologia que continua super atual: o diálogo entre pais e filhos para criar capacidade e consciência crítica para navegar no mundo digital. “Isso (o diálogo) ainda não pode ser substituído por nenhum programa ou aparelho eletrônico e provavelmente nunca será”, comenta Rodrigo Nejm, psicólogo diretor de Educação da SaferNet Brasil e pesquisador na área de Psicologia e Novas Mídias.
Para ajudar a entender melhor como proteger as crianças, indicamos abaixo alguns exemplos de possíveis usos inadequados e violências encontrados no ambiente virtual.
Afinal, é necessário entender o problema para observar e conversar sobre o assunto, no intuito de desenvolver a capacidade de autocuidado nas próprias crianças e adolescentes.
Cyberbullying
O Cyberbullying é a modalidade virtual do bullying, identificado pelas intimidações repetitivas entre crianças e adolescentes, mas com características próprias, pois tem um efeito multiplicador e de grandes proporções quando acontece na web.
Nessa modalidade de bullying, os dispositivos tecnológicos tais como celulares e câmeras fotográficas, e os ambientes como a Internet e as redes sociais servem para produzir, veicular e disseminar conteúdos de insulto, humilhação e violência psicológica que provocam intimidação e constrangimento das crianças e adolescentes envolvidos.
Cyberstalking (Stalking Behavior)
Perseguição em que a vítima pode ter sua privacidade invadida de diferentes maneiras seja por e-mail, redes sociais, mensagens no celular e qualquer outra forma insistente de contato.
Em muitos casos a perseguição continua até fora da Internet: na escola, na rua e na porta da residência. Há diferentes definições legais de “stalking”, um conceito, que pode ser aqui apresentado, é quando alguém importuna e vigia de forma persistente, com o objetivo de incomodar, aterrorizar e alarmar outra pessoa.
Crimes de ódio e discriminação
Mensagem ou imagem que seja de alguma forma preconceituosa em relação à raça, cor, orientação sexual, religião e origem. Traduz-se pela discriminação relacionada às características de grupos e minorias por meio de ações que contemplem preconceito, agressão, intimidação, difamação ou exposição de pessoa ou grupo.
Pode ocorrer das formas mais corriqueiras, como em comentários ou imagens estereotipadas e difamatórias. Sem uma educação para estimular a cultura de respeito e de paz, também na Internet as crianças e adolescentes podem reproduzir discursos e ações preconceituosas.
Aliciamento sexual infantil online
Estratégia utilizada por pedófilos e pessoas envolvidas em produção de conteúdo pornográfico para seduzir, convencer e chantagear crianças com o objetivo de produzir imagens eróticas ou sexuais e cometer abuso sexual infantil online e offline.
Quebrar o tabu e falar sobre sexualidade desde a infância é importante para criar noções básicas de limites com o corpo, respeito à intimidade e condições de autodefesa.
O diálogo aberto e sem julgamento é fundamental para que crianças e pré-adolescentes possam falar de suas dúvidas e preocupações com os pais e não sofrerem sozinha e em silêncio.
Nudes
É um fenômeno no qual os adolescentes e jovens usam redes sociais, aplicativos e dispositivos móveis para produzir e compartilhar imagens de nudez e sexo.
O nude em si não é uma violência, mas sim o compartilhamento sem autorização que pode gerar humilhações e danos irreparáveis. O diálogo é o melhor caminho para evitar a exposição. Sem repressão, com esclarecimento e orientação para um exercício responsável da liberdade sexual.
Agora conte para nós: quais são os hábitos de segurança digital que você pratica em sua casa?
Parabéns pelo artigo, isso vai ajudar muito.
muito bom o seu artigo
Gostei muito do site! Parabens!!
Adorei o site, meus parabens!
oi gente
adorei o site, muito interessante o conteúdo.
Parabéns 😉