Já percebeu que hoje em dia nos sentimos absolutamente perdidos sem o celular?
Esses dispositivos viraram praticamente uma extensão do nosso próprio corpo. Nos despertam, informam, ajudam a socializar, nos entretêm… muitos aparelhos, inclusive, de tão sofisticados, funcionam como um mininotebook.
Agora, imagine: se mesmo em nossa casa a sensação de estar por longos períodos offline às vezes gera desconforto, o que sente um estrangeiro refugiado sem qualquer dispositivo ou conexão, longe de seu próprio país, sem notícias da família, sem informações que possam ajudá-lo no processo de integração com seus novos locais?
Segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados, hoje, o Brasil conta com 1,5 milhão de imigrantes. Cerca de 650 mil são refugiados ou solicitantes de refúgio.
De acordo com a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), 108,4 milhões de pessoas foram deslocadas à força em todo o mundo só no final de 2022 por uma série de motivos – perseguição, conflito, violência, violação de direitos humanos ou eventos que perturbaram gravemente a ordem pública. Desse número, 52% deixaram apenas três países: Síria, Ucrânia e Afeganistão.
Para entender a importância da inclusão digital dessas pessoas, que chegam a novos territórios quase sempre em situação de extrema vulnerabilidade, convidamos um agente necessário à frente dessa e de outras pautas não menos relevantes.
Falamos de…
Vasco Malta: um cidadão de sensibilidade ímpar
Ele faz o tipo de entrevistado que no término do bate-papo dá vontade de abraçar.
Vasco Malta é Chefe de Missão da Organização Internacional para as Migrações, a OIM, de Portugal. Mas entenda: onde houver violações dos direitos humanos, ele é capaz de chegar.
E isso porque já atuou diretamente contra o tráfico de seres humanos, a violência doméstica, a discriminação racial e muitas outras causas.
Se você se acha uma pessoa sensível, dê o play e tire a prova com esse cara que, se a gente apertar, temos certeza de que vai escorrer puro carinho.