A blockchain é hoje uma promessa para revolucionar o mundo da tecnologia por meio de melhores sistemas de segurança de dados. Todos os registros numa blockchain funcionam como uma corrente de blocos na forma de estrutura de dados, que dependem sempre do bloco anterior para sua composição.
A cadeia, tradução do termo em inglês chain, está no envolvimento que cada bloco do registro tem com os outros. Suponha que temos um bloco registrado como número 16 que gera um hash (que funciona como uma garantia criptográfica), mas para finalizar o seu registro ele precisa gerar um hash final que seja composto do hash do bloco 16 e do hash final do bloco anterior, o 15.
Se alguém decidir adulterar um determinado registro na blockchain, além de precisar decodificar toda a criptografia ou mesmo que a pessoa tenha a chave, não resolveria, pois o sistema inteiro será corrompido.
Isso será evidente em qualquer blockchain compartilhada, seja ela pública ou privada (com determinados computadores como, por exemplo, numa blockchain de empresa), uma vez que todos os outros computadores suspeitarão da legitimidade dos registros adulterados.
A segurança da blockchain não está somente na criptografia ou na corrente em si, mas na confiança de que, sendo compartilhada, apenas um grande esquema criminoso conseguiria alterar todos os registros que estão salvos nos computadores da rede.
Um feito humanamente impossível. Até janeiro, a rede blockchain do bitcoin atingia mais de 150GB em dados de 503.366 blocos, contidos em milhares de computadores no mundo todo.
Não é difícil de concluir porque atualmente diversos bancos estão buscando aplicar a blockchain no seu cotidiano, a exemplo da bem-sucedida rede do bitcoin.
E apesar de ser mais facilmente vista em transações financeiras, a blockchain pode ser aplicada em instituições de saúde para registros médicos ou ainda para consultar qualquer documento de uma pessoa de forma segura, eliminando a necessidade de sempre carregar diversos documentos.
A empresa Everledger, responsável pelo registro digital de diamantes globalmente, está aplicando a blockchain para combater os diamantes de sangue, pedras preciosas que são mineradas em zonas de guerra em condições escravas e que compõem dois terços do mercado de diamantes. Sem dúvida nenhuma, a tecnologia já está mudando o mundo.