De repente, parece que o seu smartphone está meio estranho. Você percebe atividades incomuns… Não consegue receber ou enviar mensagens e a rede de dados móveis não funciona nem com “reza braba”. Alerta máximo: seu smartphone pode estar com o chip clonado!
A clonagem é a replicação fiel de uma linha legítima que opera como se houvesse dois aparelhos unidos por um mesmo número de contato, identificação do fabricante, plano de telefonia e operadora.
Os sinais mencionados são uma pequena parte do que pode acontecer nesses casos, por isso já salve este post porque daqui até o fim da leitura você vai entender como saber se o celular está clonado e quais medidas tomar com urgência para evitar prejuízos financeiros, perda de dados pessoais e muito mais.
Chip clonado: sinais de que invadiram meu smartphone
Chegou uma notificação que, do nada, diz “sua transação foi realizada com sucesso”. Na sequência, mais um aviso esquisito: “tentativa suspeita de login”. No outro dia você dá conta de que há aplicativos baixados que você nunca nem viu.
A primeira orientação é: mantenha a calma e verifique se há mais indícios indicando que você teve o chip clonado:
- Acesse a lista de chamadas efetuadas pelo celular e confira se há números desconhecidos e ligações não identificadas.
- Verifique se as ligações têm apresentado interferências e ruídos. Se você escutar barulhos incomuns ou vozes estranhas, a linha pode estar duplicada.
- Confira se houve mudança no padrão de consumo de dados do seu aparelho. Qualquer aumento significativo e injustificado pode ser um indício.
- Se perceber algum aplicativo que você desconheça, verifique se não se trata de alguma plataforma do próprio funcionamento do dispositivo. Entenda sua funcionalidade e, na dúvida, delete imediatamente.
Como ocorre a clonagem do celular
O golpe acontece, basicamente, em três formatos: por SIM Swap (troca do chip SIM), pelo número do IMEI ou a instalação de um chip espião. O objetivo final de qualquer uma das táticas é utilizar o plano da vítima a fim de obter vantagens financeiras. Entenda.
Golpe do celular clonado por SIM Swap
Começa com a descoberta de cadastros com os dados da vítima, como número do celular, nome completo, endereço e data de nascimento. Com essas informações, o golpista entra em contato com a operadora de telefonia e se identifica como se fosse o titular da conta para registrar perda ou roubo do aparelho.
Se a empresa de telefonia autorizar a vinculação do plano a um novo cartão SIM, seu chip é alterado e o criminoso passa a receber mensagens e ligações do número original com livre acesso à lista de contatos, códigos de verificação via SMS e outros.
Portas abertas. O golpista encontra um caminho livre para recuperar e invadir contas bancárias e de aplicativos, pois ele consegue reaver senhas de aplicativos financeiros e redes sociais.
No golpe por SIM Swap, o telefone original fica sem acesso à rede de telefonia, mas não perde a conexão via internet Wi-Fi, o que dificulta a percepção da vítima, que segue utilizando apps e a rede de internet sem notar nada de errado – tempo suficiente para que sejam aplicadas fraudes financeiras em seu próprio nome.
Golpe do celular clonado pelo código IMEI
Um chip clonado por meio do código IMEI permite o uso duplo de uma mesma conta ou plano de telefonia.
Ninguém dá muita bola para esse código, mas ele é importantíssimo porque funciona como se fosse o chassi de um carro – é um conjunto único de 15 algarismos encontrado na caixa do smartphone, na bateria ou nas configurações do aparelho. Dispositivos que permitem o uso de mais de um chip, contam com mais de um IMEI associado.
Ao ter acesso ao IMEI de um usuário, o golpista pode reprogramar o chip para funcionar em outro dispositivo e, nesse caso, passa a usar o telefone para fazer ligações, pagas pelo titular da conta.
A tática é mais difícil de ser percebida porque a vítima continua utilizando o celular normalmente, mas com qualidade inferior no serviço de ligações, com chiados, erro de solicitações e problemas pouco comuns na dinâmica de uso.
Golpe do celular clonado com aplicativo espião
Aqui entram as incidências em que os criminosos têm acesso ao aparelho físico da vítima, já que a instalação de um robô é feita diretamente no dispositivo, ação que permite que o invasor monitore e tenha acesso a todos os acessos feitos pelos titulares.
Muitas vezes a vítima demora para tomar conhecimento porque o celular continua funcionando normalmente.
O app instalado dá acesso ao invasor de informações trocadas com terceiros, logins e senhas que aumentam a vulnerabilidade financeira e o risco de fraudes.
A prática de instalação de aplicativos espiões é comum entre familiares e pares românticos controladores para monitorar a navegação de filhos, namorados e cônjuges, mas pode acontecer a partir de um simples empréstimo do dispositivo para algum colega mal-intencionado.
Também não é fácil tomar conhecimento da invasão porque o método permite o funcionamento normal do smartphone.
Tive meu chip clonado. E agora?
Se você suspeitar que o chip do seu celular foi clonado, é essencial tomar medidas imediatas para proteger suas informações e evitar possíveis danos. Tome nota:
1. Comece do zero
Reinstale o aparelho e o sistema operacional como se estivesse ativando o dispositivo pela primeira vez.
2. Entre em contato com sua operadora
Ligue imediatamente para a sua operadora e explique que suspeita da invasão. Prefira se relacionar com empresas que possam agir rápido – a Vivo toma medidas imediatas para ajudar a proteger sua conta.
3. Informe a polícia
Se você acredita que foi vítima de uma atividade criminosa, junte o máximo de prints e provas da clonagem, e considere fazer um boletim de ocorrência. Isso pode ajudar na investigação e no registro do incidente.
4. Solicite o bloqueio ou a suspensão do número
Peça à operadora para bloquear ou suspender temporariamente o seu número para evitar que o invasor continue operando.
5. Verifique suas contas online
Acesse suas contas virtuais (redes sociais, e-mails, bancos etc.) e verifique se há atividades suspeitas ou acessos não autorizados. Mude as senhas de todas as contas associadas ao seu número.
6. Ative autenticação de dois fatores
A verificação em duas etapas deve ser feita em todos os aplicativos para adicionar uma camada extra de segurança, principalmente nas contas da Apple e da Google.
7. Mantenha-se alerta para atividades suspeitas
Fique atento a qualquer atividade incomum em suas contas ou em seu dispositivo e denuncie imediatamente à operadora se notar algo estranho.
8. Verifique as configurações de privacidade
Revise e ajuste as configurações de privacidade de suas contas e dispositivos para garantir que estejam definidas de acordo com suas preferências.
9. Instale um antivírus atualizado
Certifique-se de ter um bom antivírus instalado em seu dispositivo e mantenha o sistema operacional e aplicativos sempre atualizados.
10. Consulte um profissional de segurança cibernética
Se o problema persistir ou se você estiver preocupado com a segurança do seu dispositivo, pode ser útil procurar orientação de um profissional de segurança cibernética.
Chip clonado: como evitar cair nessa cilada?
Se você chegou até aqui, percebeu que algumas brechas podem ser evitadas pelo próprio titular da conta para se prevenir contra a clonagem do chip. Mas há prevenções gerais para mitigar a incidência desse tipo de golpe, cada vez mais comum.
• Evite emprestar seu aparelho para terceiros, mesmo que sejam conhecidos ou colegas de trabalho. Ao deixar seu smartphone carregando e precisar se ausentar, bloqueie com senha ou biometria.
• Acompanhe os gastos do seu plano de telefonia. Ao notar qualquer volume de uso inesperado ou incomum ao comportamento usual, entre em contato com sua operadora e denuncie.
• Não compartilhe em hipótese alguma o número de seu IMEI com terceiros, nem mesmo prestadores de serviço – esses profissionais não têm quaisquer motivos para fazer esse tipo de solicitação. Portanto, se um atendente solicitar os 15 dígitos de identificação do aparelho, desligue na hora.
• Não forneça dados pessoais quando receber ligações ou mensagens não solicitadas de qualquer empresa.
A Vivo conta com uma página dedicada só para quem quer aprender a identificar fraudes e golpes. Confira!
E agora que você conta com as orientações necessárias para não ter seu chip clonado, passe este post para seus grupos de amigos e, claro, para o grupo da família. Tudo isso para que a “tia Márcia” não venha falar depois que ninguém avisou!