Cerca de 90% das informações existentes hoje foram produzidas nos últimos dois anos, sendo que, em 2017, foram registrados mais de 450 mil tuítes, 46 mil fotos postadas no Instagram, 103 milhões de e-mails e 15 milhões de textos publicados na internet – por minuto. No meio de todo esse conteúdo, estão dados pessoais dos mais de 3 bilhões de usuários conectados.
No mês passado, entrou em vigor o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês), desenvolvido pela União Europeia para assegurar o direito dos cidadãos à privacidade e a gerenciar o que é registrado ou compartilhado pelas companhias a seu respeito.
Entre as diretrizes do GDPR está a determinação para que as empresas coletem apenas dados necessários para a prestação dos serviços e o acesso garantido ao usuário para verificar, corrigir ou até deletar informações pessoais – o chamado “direito ao esquecimento”.
No caso de vazamentos e crimes cibernéticos, o provedor fica obrigado a avisar os clientes cujos dados foram expostos em até 72 horas.
Há igualmente restrições maiores para registros de menores de idade. A multa para infrações é de 20 milhões de euros ou 4% do volume global de negócios da companhia.
Embora seja uma legislação válida para a União Europeia, a medida vai impactar corporações em todo o mundo. Isso porque dados de indivíduos que estejam na Europa só poderão ser transferidos para países que tenham uma lei de proteção equivalente.
E mesmo que a localidade não se enquadre nessas diretrizes, se a empresa maneja essas informações vai precisar se adequar, independentemente de onde esteja.
É o caso de bancos, hotéis e grandes players de tecnologia que prestam serviços ou estejam estabelecidos em território europeu. Google, Facebook e Microsoft anunciaram que vão adotar as regras como padrão para a toda a base mundial de usuários.
Empresas que adotam a proteção e sigilo de seus clientes como parte integrante de suas operações, de acordo com suas políticas de responsabilidade social e princípios éticos, já estão alinhadas ao GDPR.
A Vivo foi pioneira no setor ao estabelecer um Centro de Privacidade, com informações detalhadas sobre o tipo de dado que coleta, como são utilizados os cadastros, requisitos atendidos da legislação brasileira, estrutura de segurança e espaço para tirar dúvidas.
Por essa e outras medidas inovadoras, a pesquisa Quem defende seus dados?, desenvolvida pela Electronic Frontier Foundation (EFF) dos Estados Unidos e realizada no Brasil pelo InternetLab, apontou a Vivo como a empresa de telecomunicações com mais políticas de tratamento de informações e comunicação com o consumidor no país, tanto na banda larga fixa como móvel.