Motorista! Vamos te desafiar com uma situação “hipotética” e, de antemão, pedimos que você seja sincero.
Você acredita que não colocaria sua vida em risco (e a vida dos cidadãos que o cercam) se passasse 6 segundos a 120 km por hora mexendo em seu celular no trânsito – o que significa trafegar por 213 metros, ou o equivalente a 2 campos de futebol?
Se sua resposta foi “não acredito”, ponto para você. Porque o cenário “fictício” desenhado acima é realidade considerada normal para 83,13% dos brasileiros. O dado inédito foi levantado na pesquisa Distrações ao Volante, que busca entender quais podem ser os próximos passos da tecnologia a fim de avançarmos rumo à segurança no trânsito nas ruas e estradas do país.
O estudo – promovido pela Gonvarri Industries em novembro de 2020 – contou com relatos de 1.008 motoristas e vem sendo entregue com exclusividade aqui, no Dialogando Brasil, ao longo de todo o Maio Amarelo.
61,01% dos entrevistados admitiram que, em alguma ocasião, o uso do smartphone colocou-os em perigo e 94,15% consideraram que os aparelhos são a principal causa da distração no comando de seus quatro rodas.
Mais de 9 entre 10 motoristas entrevistados (94,15%) acreditam que o uso do celular no trânsito é a principal causa da desatenção dos condutores. Dos 13 fatores de escolha sugeridos pela pesquisa, apareceram com menor ênfase, respectivamente:
a) Distrações externas (29,96%) b) Clima (26,39%)
c) Animais de estimação (19,94%) d) Fumar (18,06%)
e) Pensar em outras coisas (17,56%) f) Falar com passageiro/s (16,67%)
g) Direção rotineira (9,23%) h) Rádio (36,67%)
Em uma escala de 0 a 10 (de “menos perigoso” a “extremamente perigoso”), os participantes também classificaram quais interações com smartphones mais comprometem a segurança no trânsito.
O “tecla-tecla” no WhatsApp recebeu a maior pontuação, com média de 8,71 na escala. Já o hábito de falar ao telefone na função viva-voz (média de 5,94) não foi considerado um grande risco para a segurança no trânsito.
Embora considerada infração “gravíssima” no Código de Trânsito Brasileiro, apenas 24,50% dos condutores ouvidos afirmaram que desligam seus aparelhos quando pilotam seus automóveis.
O estudo constatou, ainda, que a perigosa combinação do ato de dirigir com o uso do celular no trânsito tende a ser driblada com a utilização de tecnologia. Porém, ainda de forma arriscada.
O Bluetooth foi a alternativa mais mencionada como estratégia para minimizar os riscos de acidentes, mas 20,24% dos entrevistados que admitiram se relacionar com o smartphone ao dirigir, tampouco usam quaisquer dispositivos a fim de precaver acidentes.
Conclusão
A tecnologia em si, não causa ameaça a nada. Cabe a nós fazermos bom uso dela, com consciência, afinal: #TemHoraPraTudo .
Está dirigindo? Dê uma folga a seu aparelho! Te enviaram aquela mensagem “imperdível”? Faça uma pausa no ponto mais próximo da rua ou da estrada para poder conferi-la em segurança.
O mundo moderno oferece os mais diferentes recursos pela manutenção à vida e a segurança no trânsito. Confira, abaixo, aplicativos que podem preservar o seu ir e vir.
a) Voz no comando. O Android Auto e o Car Play da Apple conectam smartphones a recursos preciosos. Responda a mensagens de texto, e-mails, escolha suas músicas e rotas preferidas apenas pelo comando de voz, sem tocar em seu aparelho enquanto pilota.
b) Bateu o cansaço? Não hesite. Deixe o carro em casa e faça a opção por chamar um veículo particular via aplicativos como o Uber, 99, Cabify ou qualquer um que atenda seu município.
Voltaremos com mais dicas e dados da pesquisa Distrações ao Volante em breve, para lembrá-los que a segurança no trânsito é um esforço coletivo. Seja um aliado dessa causa!