Impressão sustentável: motivos para implementar nas empresas (e em nossas vidas!)

12 de abril de 2022

Tem gente que é fanática por artigos de papelaria, e esse mercado seduz mesmo. Um bloco de notas todo branco não se compara com um todo colorido, com ilustrações fofas de bichinhos impressas ou nossos heróis favoritos.

Esse mercado nos entrega gramaturas e tamanhos diversos e, se formos falar só de papéis, há muitos disponíveis: papel-cartão, papel kraft, papel-jornal, offset, couché fosco, couché com brilho, enfim… tem papel demais.

Daí a importância de cultivarmos a cultura da impressão sustentável, porque ainda que o universo on-line nos ajude a economizar este insumo, ele continua sendo muito usado, especialmente no mercado corporativo.

Números

#PraTodosVerem: fotografia colorida, que simula uma onda composta por folhas de papel. À frente da onda, um homem vestido de roupa social, calça preta, camisa branca e gravata, está segurando um guarda chuva, fazendo força para não ser puxado por essa onda. Ao fundo, um céu azul, limpo com poucas nuvens.

Quando a gente pensa na produção de papéis, quase sempre imagina milhares de árvores sendo derrubadas, não é mesmo?

O problema é que essa é só uma parte dos impactos ambientais. A leitura do próximo parágrafo vai te seduzir mais pela impressãosustentável do que pela estampa de heróis e bichinhos.

Perceba este dado. Para cada quilo de papel produzido, 540 litros de água são utilizados. Ou seja, se uma empresa que consome 600 mil folhas de papel por ano passar a imprimir os documentos na frente e no verso, será possível gerar uma economia de 384 mil litros por ano, o necessário para abastecer 30 famílias no mesmo período.

As informações acima foram obtidas por meio de estudos promovidos pelo Instituto Akatu, Organização Não Governamental (ONG) em missão pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo responsável.

Impressão sustentável e tecnologia

#PraTodosVerem: fotografia colorida, de uma impressora 3D, ao centro, mostra o equipamento confeccionando um protótipo em alto relevo em três dimensões, na cor azul. Ao fundo da imagem, uma mulher observa a impressora trabalhando.

As impressoras 3D mais modernas utilizam papel como matéria-prima. O aparelho reaproveita folhas de jornais, revistas e folhetos e permite a criação de peças e protótipos funcionais que driblam a produção em alta escala (muitas vezes desnecessária), quase sempre reservada para a fabricação de grandes instalações.

A inovação, que pode ser usada em vários segmentos e profissões, colaborou para a abertura de novos empreendimentos no setor de criação de protótipos para empresas. Os objetos impressos finais são resistentes e, mesmo quando coloridos, têm alta definição de cores.

Até agora, essa técnica de impressão sustentável  encontrou muitas aplicações: apresentações de modelos, arquitetura, mapas topográficos criados a partir de fotografias tiradas de cidades via satélite, motivo que a torna fundamental, inclusive no setor educacional.

De baixo custo, pode ser um ótimo investimento para as escolas públicas de ensino fundamental e médio para a impressão de modelos arquitetônicos e de terrenos com curva de nível. Sem contar que os próprios resíduos de folhas sulfite gerados nas escolas seriam reaproveitados para dar forma a materiais utilizados nas aulas de ciências, história e geografia.

#PraTodosVerem: fotografia colorida, da parte interna de uma impressora 3D em operação. Ao centro, o equipamento condeciona um novo protótipo em alto relevo e em três dimensões, na cor amarela. A impressora 3D é de metal e aparece com uma luz vermelha indicando que está funcionando.

Os modelos mais comuns do equipamento criam objetos a partir de modelos digitais em três dimensões, por sucessivas camadas de material plástico gravadas em formatos diversos.

Aí você nos pergunta: “mas eu li que usa material plástico, então, qual o benefício?”.

A resposta é “todos”, porque muitas já usam filamentos de plástico que não são mais desenvolvidos à base de petróleo — são feitos de plástico de plantas, ou o que chamamos de bioplástico, extraído a partir de qualquer material de origem biológica que não seja o petróleo.

E se falarmos do uso doméstico, olha que bacana! Você mesmo pode fazer seu próprio filamento para usar a impressora 3D por meio de uma máquina de reciclagem que transforma muitos tipos de plástico em filamentos: a extrusora portátil.

#PraTodosVerem: fotografia colorida, de uma máquina de reciclagem doméstica, que  transforma muitos tipos de plástico em filamentos, utilizados para dar vida aos protótipos desenvolvidos nas impressoras 3D. Os filamentos estão saindo da máquina de reciclagem, vermelha, se assemelham à massa de macarrão, compridos, redondos e na cor amarela.

Conversão de documentos físicos

Umas das medidas mais assertivas para economizar papéis é convertê-los do formato físico para o digital, caminho que traz outros tantos benefícios. Você pode consultar arquivos digitalizados a qualquer momento no seu dispositivo eletrônico, compartilhar de forma rápida com mais pessoas e liberar suas gavetas para guardar outras coisas.

Aliás, talvez você não saiba, mas aquele contrato enviado por e-mail que te pediram para devolver assinado, não precisa mais nem ser impresso, porque já contamos, inclusive, com maneiras de assiná-lo virtualmente. Entenda e conheça três apps de assinatura digital no post.

A primeira etapa da conversão de seus documentos exigirá maior comprometimento porque você terá que digitalizá-los com um bom scanner. A máquina vai registrar os dados contidos na frente e no verso de seus papéis em uma única passada. Lembramos que alguns documentos devem cumprir demandas legais e, por isso, ainda precisam do formato físico, a exemplo dos manuseados em processos de RH. Mas isso vem mudando, e a maioria já aceita cópias digitalizadas

Impressão sustentável: um exemplo a seguir

#PraTodosVerem: fotografia colorida, mostra a visão de cima de várias caixas de papelão misturadas a papéis amassados. Ao centro, uma caixa de papelão branca com o símbolo de reciclagem (três setas formando um triângulo apontando uma para a outra).

E se as leis, por motivos protetivos, ainda não aceitarem a digitalização, que a gente possa tomar como exemplo a determinação do Tribunal de Contas de Goiás (TCE-GO), de 2018.

Para conscientizar a população sobre a importância de repensar seus hábitos, a instituição passou a exigir a impressão frente e verso dos documentos emitidos em suas unidades administrativas.

Ponto para o Comitê TCE Sustentável do Estado, que também passou a comprar somente papéis derivados de florestas 100% plantadas e renováveis, e que agora também coleta os papéis impressos em um único lado para  a confecção de blocos de rascunho no outro.

Um exemplo simples, que não requer tantos “malabarismos”. Podemos adotá-lo agora em nossas casas, escritórios… e levar para toda a nossa vida!

Fonte: Dialogando - Impressão sustentável: motivos para implementar nas empresas (e em nossas vidas!) Dialogando

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