Nas últimas décadas, o Brasil passou de grande importador para ocupar o lugar de segundo maior exportador de alimentos do mundo, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). A maior safra global de cana de açúcar do planeta é brasileira, atingindo 700 milhões de toneladas ao ano.
Com duas colheitas por ano, o país deve registrar a segunda maior safra de grãos da história no biênio 2017/2018, podendo chegar a 225,6 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Esses resultados são uma consequência da aplicação de novas tecnologias, afinal quanto mais produtividade, maior é a receita.
Graças às pesquisas e aos avanços na engenharia genética, hoje é possível plantar soja em várias regiões do país, durante épocas diferentes e com diversificados sistemas de produção.
Essa condição faz com que as sementes fiquem mais resistentes a pragas, além de criarem uma melhor adaptação às diferentes condições de solo e clima. Esse é um dos fatores que faz com que o Brasil seja também o maior exportador mundial de soja, que compõe sua principal cultura, em extensão de área e também volume de produção.
Explorando os benefícios da tecnologia da informação e mais recentemente da Inteligência Artificial, a agricultura de precisão combina automação e levantamento de dados em tempo real sobre o solo, clima, manejo, variações climática, doenças, desempenho de máquinas e outras informações captadas por sensores.
O acompanhamento e análise dos resultados garantem decisões mais eficientes e com melhor custo-benefício para as colheitas. Com a tecnologia de controle, um defensivo agrícola, por exemplo, pode ser aplicado apenas na área afetada e para uma necessidade específica. Um levantamento realizado pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP) revelou que 67% das propriedades agrícolas no Brasil já adotam algum tipo de tecnologia.
Além de portarem bons equipamentos, os produtores hoje também estão mais conectados. Isso é o que mostra um levantamento feito pelo Sebrae, indicando que proprietários das terras utilizam a internet móvel em um patamar acima até da média de acesso da população em geral, calculada em 62%, englobando 71% dos donos de microempresas rurais e 85% das empresas de pequeno porte.