O e-commerce no Brasil não para de crescer. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as compras e as ofertas pelos canais online expandiram 12% em 2017, com faturamento de mais de R$ 59 bilhões. Para este ano, a projeção é de um aumento de 15%, sendo que 33% dos pedidos deverão ser feitos pelo celular.
Não há dúvidas de que a internet abriu novas fronteiras aos consumidores, que ganharam inúmeras possibilidades de encontrar produtos, pesquisar preços e conferir a opinião de quem já comprou a mesma coisa antes de dar o último clique.
Há ofertas excelentes e exclusivas – muitas vezes bem mais baratas que as lojas físicas – e oportunidades especiais como a Black Friday, que este ano acontece em 23 de novembro. Mas como tudo o que envolve transações comerciais e movimentação financeira, é recomendável tomar algumas precauções para não cair nas armadilhas dos crimes cibernéticos.
Para o diretor de educação da ONG SaferNet, Rodrigo Nejm, os cuidados devem começar justamente pelo principal atrativo: preço baixo.
“Antes de fazer a compra, é bom pesquisar a média de preço do produto para identificar quando é algo razoável ou não”, explica. “Ofertas muito mirabolantes geralmente escondem links e sites falsos, não existem milagres, se alguém está vendendo alguma coisa muito abaixo do preço de mercado, desconfie”, recomenda.
“E nunca se deve clicar em um link de oferta recebido pelo WhatsApp ou por e-mail, sendo essencial visitar o site oficial da loja e conferir se a oferta está lá mesmo, pois com frequência são links que redirecionam para os falsários, abrindo brechas para o roubo de senhas e dados pessoais”.
Além de sempre checar a reputação do vendedor e as opiniões dos outros consumidores em sites como o do Procon e do Reclame Aqui, Nejm destaca que outra precaução importante é fornecer o mínimo possível de informações em cadastros e não deixar dados de cartão de crédito ou contas bancárias salvos em nenhum site ou aplicativo.
“São uns minutos que você gasta a mais ali para inserir os dados de novo a cada compra, mas previne muita dor de cabeça”, diz.
“E é preciso evitar realizar transações comerciais e bancárias usando redes de wi-fi em locais públicos, que são menos seguras e muito usadas pelos criminosos, lembrando ainda que plataformas de pagamentos como o Mercado Pago ou o PayPal devem ser meios preferenciais de pagamento, pois conferem uma proteção adicional, dando inclusive suporte ao usuário em caso de problemas”, acrescenta.
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