Com o final do ano se aproximando, cada vez mais pessoas se preparam para curtir as férias e as festas de Natal e Ano Novo. Inclusive, com a chegada do Natal, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), apontou que cerca de 119,8 milhões de brasileiros devem ir às compras no Natal.
E isso levanta uma questão: os consumidores preferem ir às compras em lojas físicas ou em comércio eletrônico?
Um levantamento do Google Survey sobre as pessoas que estão buscando presentes de Natal, realizado em outubro de 2018, indicou que 54% dos consumidores buscam roupas, acessórios e sapatos, 34% procuram por brinquedos ou produtos infantis, 32% optam por perfumes e cosméticos, 20% preferem buscar livros, chocolates, flores e vinhos e 16% apostam em aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos.
Conversamos com Felipe Gonçalves, Diretor de Desenvolvimento de Negócios Globais da PayU Brasil (plataforma de pagamentos online) sobre os benefícios e as principais diferenças entre comprar online e em lojas físicas.
Quais são as diferenças entre comprar pela internet e ir até a loja?
Sobre o e-commerce, Felipe afirma que os consumidores brasileiros entendem que comprar online pode ser muitas vezes mais prático do que visitar uma loja. “No e-commerce, você não precisa pegar seu carro, ou qualquer outro meio de transporte, sair da sua casa, enfrentar o trânsito e se deslocar até a sua loja preferida. Tão pouco andar de loja em loja para comparar preços.
Ainda, se o consumidor estiver pesquisando preço, a chance de encontrar o mesmo produto da loja física no site, por um valor mais acessível, é enorme.”
Entretanto, o especialista ressalta que o comércio em lojas físicas continua forte por conta de outra particularidade no perfil do consumidor brasileiro.
“Ainda existe uma cultura forte de experimentar o produto antes de comprar, por exemplo. Há pessoas que não se sentem confortáveis em comprar uma roupa, um sapato ou acessório sem experimentar antes. ”
Segundo pesquisa realizada pelo blog Social Miner, no ano passado, cerca de 44% do público entrevistado pretendia fazer suas compras de natal exclusivamente em lojas físicas, principalmente pelas vantagens de troca e entrega, além do contato humanizado.
Vale ressaltar que as empresas estão pensando nessas pessoas com o intuito de também trazê-las para o online: “Para diminuir este receio, as lojas online estão cada vez mais investindo em prover informações e tecnologias novas que facilitem a decisão de compra, como “provadores virtuais”, descrições detalhadas dos produtos, além de facilitarem muito o processo de troca e devolução para os clientes finais”, relata Felipe.
No que se refere a preferência entre comprar na loja física ou virtual, Felipe afirma que as questões de segurança do e-commerce ainda pesam muito na decisão final do consumidor. “Apesar de as lojas virtuais estarem cada vez mais seguras e protegidas, ainda existe um medo por parte dos consumidores, principalmente se o preço da promoção destoar muito do preço normal de alguns produtos. O consumidor tende a ficar desconfiado, podendo até desistir da compra. ”
A tendência “Omnichannel”
O modelo Omnichannel vem da junção do Latim “Omni” – sentido de tudo ou inteiro – e “Channel”, “canal” em Inglês. A estratégia integra a experiência online com o canal de venda físico, a fim de buscar a melhor experiência para o cliente.
Entre as possibilidades do Omnichannel, há a chance de verificar a disponibilidade de um produto em uma loja diretamente no site, fazer um pedido que encontrou com um vendedor e escolher a opção de receber a compra em casa, ou mesmo comprar online e retirá-lo na própria loja.
Sobre a tendência, Felipe ressalta: “É o que muitas empresas vêm percebendo e trabalhando para oferecer aos clientes, uma convergência de todos os canais utilizados pela empresa em uma experiência única e integrada.”
Ainda sobre Omnichannel entre os varejistas, o especialista alerta: “Quando falamos de vendas por diferentes canais, tomar cuidado para que sejam canais complementares e integrados, de forma que uma loja física não prejudique uma venda do e-commerce e vice-versa. Os canais precisam potencializar a loja e não concorrer entre si.”
Em conclusão, as compras em e-commerce são mais atrativas, embora ainda haja um grupo de pessoas resistentes à prática, preferindo obter um produto diretamente da loja ou vendedor. Entretanto, as empresas de e-commerce sabem disso e já estão propondo alternativas para atender aos dois públicos.
E você, fará suas compras de natal em lojas físicas ou online? Vai comprar online pela primeira vez?