Que a tecnologia mudou as relações contemporâneas e aprimorou o desenvolvimento do homem todo mundo já sabe. Mas não custa pensar no impacto que a revolução tecnológica teve também nos shows musicais. Enquanto o som pulsa e agita o corpo dos músicos, a explosão de energia sobre o palco viaja por uma série de fios e aparelhos até chegar aos ouvidos da plateia. É preciso ser artista para orquestrar os equipamentos de som e luz que formam um grande espetáculo.
Levar ao público o som produzido no palco, transformando a energia acústica em energia elétrica, processando-a, amplificando-a e transformando-a novamente em energia acústica, seja com tecnologia avançada ou de fundo de garagem, é fácil. Difícil é fazer 20 mil pessoas ouvirem a mesma coisa ao mesmo tempo num estádio gigante. Para que isso aconteça, o engenheiro de som que projeta o show não depende apenas de seus olhos e ouvidos: ele conta com um sofisticado equipamento chamado analisador de espectro (spectrum analyser). Esse aparelho emite um ruído conhecido por “pink noise” (ruído rosa), responsável por equalizar a frequência do som que chegará ao público. É isso o que mantém a sua qualidade.
Uma vez transmitido ao público, para se conseguir que o povo distante ouça as músicas com a mesma qualidade de quem chegou mais cedo, a melhor solução é espalhar torres de delay (atraso) por todo o local. Isso é necessário porque o som leva tempo para viajar pelo ar, na velocidade de 340 metros por segundo, mas por dentro dos fios chega às caixas de som instantaneamente.
Além de música transmitida com qualidade, o show também é essencialmente uma experiência visual. Há shows em que a parte do palco que se destaca e a tela de vídeo são capazes de sofrer uma série de transformações que acompanham as diferentes músicas e momentos do espetáculo.
A utilização de fogos e outros truques visuais, como ferramentas de iluminação, não são nenhuma novidade, mas essas tecnologias não ficaram paradas no tempo e estão cada vez mais sofisticadas e unificadas com outros elementos do show.
A programação de efeitos especiais e de equalização do som, além de trazer uma experiência mais surpreendente para quem assiste, também facilita a vida dos músicos e a criação de ações inovadoras no palco. Bon Jovi é um exemplo. Ele aposta em uma união entre internet e shows para possibilitar a interação do espetáculo com o público. Através do site oficial da banda, fãs podem enviar vídeos próprios dublando a música Livin’ On a Prayer e uma votação popular define os melhores, que são exibidos em telões enquanto a banda toca o sucesso ao vivo.
Inovar é preciso. Nos próximos anos, tudo indica que os shows devem seguir a tendência de incorporar cada vez mais tecnologia, trazendo ao público uma experiência impossível de se obter em casa assistindo a um DVD.
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