Quando a pauta é game, a gente já falou por aqui que internet não é um jogo. Só que, na era hiperconectada, a segurança on-line nas disputas virtuais é só um pequeno eixo de atenção sobre os perigos a que podem estar expostas nossas crianças, daí a necessidade do controle parental.
Nas férias escolares, então! Além do aumento no índice de acesso de crianças à internet, a chegada do período reforça a necessidade do cuidado dos pais com conteúdos inapropriados e acessos perigosos dos pequenos, que podem estar pegando rotas duvidosas nas curvas do mundo virtual, bem do seu ladinho.
Só que não há qualquer necessidade de ficar em pânico, com medo dos próximos cliques da garotada, especialmente agora, que este post traz os meios mais apropriados para cuidar da educação digital dessa turma, sem crises!
Entenda!
Segurança on-line de crianças: um bate-papo sincero
O acesso ao mundo por meio de um aparelho que cabe na palma da mão mudou tudo. Mães e pais passaram a ter que voltar seus olhos também para as crianças — público ainda mais vulnerável aos riscos virtuais que, em qualquer lugar da casa, pode simplesmente sair dela e ir para longe, muito longe.
O problema é que, quanto mais um vigia, mais o outro esconde. E fica o mistério na cabeça dos adultos: o que se passa na cabeça desses pequenos e para onde eles estão indo quando expostos às telas?
Preocupação absolutamente legítima, afinal, as crianças até aceitam que os pais criem regras para o uso da internet. Pedem ajuda com problemas técnicos, mas não os convidam para participar de sua vida on-line porque já se sentem capazes de seguir regras sozinhas.
Só que não é bem assim. Daí a importância de estabelecer uma relação de amizade e transparência no processo da educação para o uso das tecnologias. Lembre-se que, como já falamos aqui, a velha técnica de educar à base do terror já demonstrou ser pouquíssimo efetiva, faz tempo.
Por isso, tão importante quanto as medidas protetivas no controle parental, o diálogo e a transparência entre pais e filhos são essenciais para a segurança on-line da primeira infância, e a abordagem deve ser sutil, enquanto o controle deve ser frequente.
O caminho do carinho, com práticas e utilização de materiais lúdicos, torna-se bem mais interessante, especialmente no período de férias. Nesse cenário, claro que você não pode deixar de conferir 5 dicas valiosíssimas para ensinar a turma kids sobre segurança na internet, sem textões!
Segurança na alta temporada de desenhos, séries e filmes!
Alguns mecanismos protetivos são de responsabilidade dos próprios pais mesmo. Por isso, na alta temporada do entretenimento, quando a diversão for de frente para as telas, as famílias já podem contar com grandes aliados.
Além da Vivo TV, empresas como o YouTube e a Netflix já disponibilizam configurações especiais para o público infantil, que podem ser estabelecidas previamente dentro dos navegadores de internet, aplicativos e serviços de streaming.
O controle utiliza algoritmos especiais e direciona os telespectadores para um conteúdo seguro e até mesmo educativo. Dessa forma, o jovem tem acesso apenas ao que é saudável e indicado para a sua faixa etária.
Quando se trata de adolescentes, as redes sociais se tornam o foco. Sendo assim, é importante ficar atento a um ponto que, geralmente, é ignorado até pelos adultos: os termos e condições de uso.
No Facebook, é necessário ter ao menos 14 anos para criar um perfil. Já o Instagram e o Twitter impõem a idade mínima de 13 anos. Então, não dê bobeira. Se o amiguinho do seu filho não tem a idade mínima indicada, mas já está a todo vapor navegando nessas redes, vale a velha frase: “você não é todo mundo”.
Já falamos aqui, inclusive, que os termos de uso não são brincadeira, por isso, aceitar essas condições sem ler pode ter impactos negativos tanto para crianças quanto para adultos.
Ferramentas de controle parental
Agora que você já tem acesso aos materiais disponibilizados nas 5 dicas de ouro entregues no post mencionado há alguns parágrafos, você conta com um material bem bacana para educar as crianças para a segurança on-line, sem chatices.
De qualquer forma, seguem reforços muito úteis que merecem implementação para que as férias escolares de seus filhos fiquem mais protegidas. Tome nota!
1. Google Family Link – Um dos aplicativos mais utilizados, com mais de 5 milhões de downloads, é o Google Family Link. Versátil, oferece aos pais controle sobre as compras do filho na Play Store, filtros de resultados de pesquisa no buscador e no YouTube Kids, configuração de limites de tempo no uso do dispositivo, revisão das permissões dos aplicativos usados por ele e verificação da sua localização.
O app cria uma conta Google “infantil” para as crianças on-line, com permissões e acessos diferentes das dos adultos. É gratuito e está disponível para iOS e Android.
2. Kids Place Controle Parental – Com mais de 5 milhões de usuários, a plataforma cria uma área protegida no dispositivo para as crianças on-line, permitindo que os pais possam supervisionar o acesso, com funções como exibir apenas os apps aprovados, bloquear chamadas ou mensagens e desabilitar a conexão Wi-fi quando os pequenos estiverem utilizando o app. Disponível para Android.
3. Controle Parental Screen Time – O aplicativo possibilita monitorar quanto tempo os filhos passam na internet, que aplicativos estão usando, ver o que foi pesquisado e sites visitados, além de receber uma notificação quando tentarem instalar algum app. Há uma versão paga com mais recursos habilitados, como a emissão de um relatório diário de tudo o que a criança fez no aparelho ao longo do dia. Disponível para iOS e Android.
4. YouTube Kids – A versão mirim da popular plataforma destaca vídeos educativos e histórias com personagens mais queridos da turminha, como a Peppa, Pocoyo ou Teletubbies. Concebido para bloquear conteúdos impróprios para os pequenos usuários, permite desativar a pesquisa de outros vídeos, denunciar conteúdo impróprio e limitar o tempo de acesso. Disponível para Android e iOS.
5. Kaspersky Safe Kids – Desenvolvido por uma empresa especializada em software para segurança, este aplicativo traz as funções de bloqueio de acesso a conteúdo, definição de limite de tempo para a tela do dispositivo, montar uma lista personalizada de sites e aplicativos liberados ou bloqueados e bloquear resultados suspeitos de pesquisa em buscadores. Há uma versão paga com recursos adicionais, como localização em tempo real. Disponível para iOS e Android.
Agora que você tem ferramentas aos montes para iniciar sua jornada de educação para a segurança on-line das crianças nessas férias, conte para a gente: como você mesmo vem cuidando do seu bem-estar digital, hein?
Não deixe de conferir nossa curadoria de conteúdos de segurança em parceria com a Safernet, organização que possui um canal para crianças, pais e educadores esclarecerem dúvidas e denunciarem crimes virtuais.
