Os namoros adolescentes na era digital

23 de dezembro de 2015

Lidar com os novos hábitos da geração super conectada é o grande desafio dos adultos, que muitas vezes, desconhecem o terreno online e não sabem como orientar os filhos sobre relacionamento digital.

Há idade mínima para dirigir, para consumir bebida alcoólica, para ir à balada, mas e para navegar sozinho na Internet? Será que essa atividade exige um certo grau de maturidade?

Segundo o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Carlos José Silva Forte, a criança, desde pequena, deve usar Internet sim. “É dos pais e responsáveis o dever de fiscalizar, ensinar e garantir que os jovens saibam como usá-la com segurança.”

E para orientar as crianças e adolescentes, os pais e educadores não precisam ser especialistas no uso da tecnologia, mas é preciso pelo menos acompanhar e conversar sobre o que os filhos fazem e ter interesse em aprender, por exemplo, sobre a existência de serviços e aplicativos usados para conhecer pessoas e paquerar.

Assim, você pode ficar atento e orientar seus filhos a terem alguns cuidados, pois nem sempre quem está do outro lado da tela é realmente quem diz que é.

Ouça, não julgue

Se os adolescentes não falam de sua vida amorosa para os pais com facilidade, tente colocar-se disponível para ouvir sem julgar e, apenas depois de acolher as dúvidas, curiosidade e incertezas, dialogue dando suas opiniões para orientar e oferecer referências nesta fase tão especial do desenvolvimento.

Se começar a conversa condenando ou cobrando uma postura idealizada, dificilmente a conversa fluirá. Outro familiar de confiança (tio, primo, irmão mais velho) pode ser uma alternativa para disparar o diálogo em alguns casos.

Pessoas mal intencionadas podem se aproveitar de encontros online e offline. Por isso, é fundamental orientar os filhos sobre como manter sua privacidade na rede e fora dela.

O mais importante é estimular que aproveitem os benefícios oferecidos online fazendo boas escolhas, refletindo sobre como evitar entrar em ciladas e armadilhas.

Mais importante do que simplesmente evitar o risco, na adolescência é vital que ocorra o desenvolvimento da capacidade de discernimento, de avaliação crítica, de autocuidado e de proatividade para enfrentar as situações de risco e evitar que elas gerem algum dano.

Dicas sobre relacionamento digital que podem ser úteis:

  • Verifique a idade mínima permitida para usar estes serviços e aplicativos, eles costumam ser para pessoas maiores de 18 anos.
  • Leia sempre os termos de uso. Mesmo não sendo uma tarefa divertida, isso pode esclarecer suas dúvidas sobre o serviço.
  • Algumas pessoas podem mentir e fantasiar em sites de relacionamento. Por isso, é importante checar informações para saber se o contato do seu filho com o amigo online não é uma cilada.
  • Oriente seu filho a ter cuidado ao expor dados pessoais como endereço, telefone, local onde trabalha ou estuda. Pergunte se não é mais seguro eles se conhecerem um pouco melhor antes de compartilhar dados mais sensíveis.
  • Antes de marcar um encontro com alguém que conheceu na web, peça que avise antes e marque em locais públicos e com grande circulação de pessoas.

Sendo assim, conta pra gente: como você costuma lidar com relacionamentos online do seu filho?

Fonte: Dialogando - Os namoros adolescentes na era digital Dialogando

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