Se a televisão era o principal veículo de entretenimento visual para as gerações anteriores, hoje o YouTube é o grande substituto da vez. A plataforma de vídeos é gratuita, mas rende muito dinheiro aos investidores do setor que só vem crescendo.
Canais opinativos, bem humorados, informativos e tecnológicos somam milhões de inscritos e um número quase infinito de visualizações. Os mais variados temas conquistaram públicos de todas as idades e não parecem perder o fôlego.
Christian Figueiredo, Felipe Neto, Eduardo Faria, Iberê Thenório, Júlio Cocielo e Kéfera Buchmann. Se você nunca ouviu falar deles, certamente algum adolescente à sua volta já. Da engenharia ao balé, foi-se a época que os pequenos almejavam profissões tradicionais influenciados por seus pais.
Os tempos mudaram e os ídolos também. Hoje, visualizações dão dinheiro, inscritos são oportunidade, compartilhamentos dissipam ideias e isso até o YouTube reconhece. Os youtubers são a estrela da vez.Mas os vídeos virais e a popularidade de uma profissão que depende de índices de acesso significam alguma coisa: nossos jovens estão passando muito tempo na internet.
Exposição demais?
O fanatismo por parte do público tem motivo. Como adolescentes não se identificariam com outros adolescentes falando sobre corações partidos? Ou lindas garotas comunicando a outras que elas podem ser bonitas mesmo estando acima do peso? O manequim ideal veste todos os números e é essa a popularização realizada pelo YouTube. Eles estão atingindo seus públicos da maneira ideal: falando sua própria língua.
Mas se por um lado a vida virtual influencia e engaja ideias, por outro, é preciso tomar cuidado com a exposição negativa que vai dos comentários às imagens pessoais vazadas.
A recomendação aos pais é que mesmo estando longe permaneçam por perto. Uma simples brincadeira pode gerar muitos problemas ou tornar-se uma profissão. Cabe a nós e às empresas do setor decidir o caminho: parar nos velhos tempos ou influenciar uma geração.