De julho até o fim das Paralimpíadas, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Close Certo”, com o objetivo de informar a população sobre HIV e Aids durante o Rio 2016. A estratégia escolhida foi utilizar o aplicativo Hornet, de encontros gay, o que gerou uma chuva de críticas no Twitter.
Para os internautas, focar a campanha “Close Certo” apenas para o público gay é preconceito e irresponsabilidade, justamente por não englobar outras parcelas da população, além de reforçar velhos estereótipos em relação a comunidade gay.
O objetivo da campanha, de saúde pública, deveria ser simples: uma doença que atinge a todos deveria ser voltada para todos os públicos. No Portal da Saúde, do SUS, Adele Benzaken, diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, afirma que a intenção da campanha é atingir “o público jovem, gay e de homens que fazem sexo com homens”, segundo ela “uma das populações-chave nas ações de prevenção”. Entretanto, se observarmos o gráfico abaixo a transmissão da Aids em homens no brasil atinge a todos, heterossexuais, homossexuais e bissexuais o que não justifica o foco da campanha.
Segundo o site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, “a epidemia no país é concentrada em grupos populacionais com comportamentos que os expõem a um risco maior de infecção pelo HIV, como homossexuais, prostitutas e usuários de drogas)”. E foi justamente esse enfoque que deixou a internet revoltada, com toda razão!Entenda o nome da campanha
Segundo o site “Qual é a Gíria”, “dar close certo” é uma expressão difundida pela comunidade LGBT que quer dizer o mesmo que “fazer algo bom”, “acertar em algo que fez”, “mandar bem”.
A campanha se apropriou da gíria, mas jogou contra quem a criou.
Campanhas como essas, em tempos de conexão e compartilhamento, não passam mais despercebidas:
Em outros casos, a opinião pública on-line fez grandes empresas repensarem suas campanhas. Ideias equivocadas sempre existiram, mas as redes sociais não. E elas mudaram essa dinâmica: antes, passava despercebido, hoje, todos têm acesso e podem falar sobre tais assuntos, fazendo com que marcas, governos e até nós mesmos repensássemos certas opiniões.
Muito bom o seu artigo.
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Bom.