Com a chegada do coronavírus ao Brasil, com mais de 1,500 casos confirmados, a rotina de milhares de brasileiros mudou de um dia para o outro. Questões como trabalho, estudos e lazer estão sendo adaptadas por conta do distanciamento social e quarentena – medidas preventivas contra a disseminação do vírus protegendo pessoas que se enquadram no grupo de risco da doença.
Interações nas redes sociais
Antes do decreto de pandemia, vindo da OMS, brasileiros movimentavam as redes sociais com brincadeiras e piadas. Segundo a Folha de S. Paulo, 34% das interações nas redes nesse período eram bem-humoradas. Com a intensificação da quarentena e mais casos de coronavírus sendo confirmados no país, os usuários das redes sociais foram em busca de notícias verificadas e conteúdo relevante sobre a situação.
Threads – um conjunto de postagens, tratando de um mesmo assunto – sobre serviços e dicas gratuitas e relevantes do que fazer durante o período de quarentena alcançaram números bastante expressivos.
Segundo o Facebook, desde o dia 25 de fevereiro, com a confirmação do primeiro caso no Brasil, a média de interações diárias na plataforma passou de 100 mil para 2,7 milhões, sendo, em sua maioria, compartilhamentos de reportagens de veículos de imprensa tradicionais e conhecidos.
Ou seja, mesmo com o alto número de compartilhamentos sobre o assunto, podemos notar a preocupação no combate às fake news, sendo que a maior parte dos links compartilhados é de origem confiável. Evitar a disseminação de notícias falsas neste período é de extrema importância!
Com as mudanças tão repentinas, é preciso saber como manter a rotina, de forma saudável e responsável, tendo em mente o esforço comunitário, com o distanciamento social, de evitar uma maior contaminação por conta do vírus.
Consumo de cultura e estudos continuam mesmo a distância
Em quarentena em Florianópolis, a professora Ani Casagrande está há dando aulas via videoconferência. Segundo ela, os alunos têm aproveitado a experiência, e a absorção do conteúdo é igual à que acontece nas aulas presenciais, sem perda de qualidade alguma.
“Esperava que fosse ser improdutivo por causa da distância, mas os alunos me mandam mensagens com dúvidas, ligam quando precisam de auxílio visual e participam da aula por meio do chat ao longo da videoconferência”, complementa Ani.
Além dos professores que se disponibilizaram a dar aulas à distância, a Fundação Getúlio Vargas liberou 55 cursos on-line de forma gratuita, com certificação digital. O catálogo de cursos vai desde áreas como recursos humanos e financeiro até marketing e tecnologia da informação.
Quando se trata de entretenimento, a recomendação é que estabelecimentos como cinemas, museus, parques e teatros permaneçam fechados. O MASP oferece tour de realidade virtual com mais de 1,000 obras, além do MASP Áudio, que contextualiza as obras através de falas de pesquisadores, curadores e artistas. O Museu Nacional conta com o projeto Por Dentro do Museu Nacional, que redescobre o antigo acervo perdido do museu.
O Louvre, famoso e icônico museu francês, conta com uma série de passeios virtuais entre as obras presentes no museu. Já a Filarmônica de Berlim disponibilizou gratuitamente o acesso à página que é geralmente exclusiva para assinantes. E o Metropolitan Opera de Nova York, por sua vez, fará streaming de suas produções.
Em relação ao trabalho, empresas privadas implementaram o home office para seus funcionários, enquanto em São Paulo, funcionários públicos com mais de 60 anos podem trabalhar de casa, exceto colaboradores da área de saúde e segurança pública.
Para autônomos e trabalhadores que contam com mais de um emprego para complementar a renda mensal, serviços como o Trampos e FreelaGo permitem a busca por funções freelances – da qual não é necessário um contrato formal de trabalho para a realização do serviço.
Ferramentas e recursos on-line são as melhores opções para manter nossa rotina de estudos, trabalho e lazer durante o período de distanciamento social. Tem alguma dica ou serviço para indicar? Comente aqui 🙂