Que coisa boa! Agora é lição de casa ZERO e pausa para garantir os momentos de felicidade.
Em tempos de férias de verão, crianças e adolescentes dizem “iupiii”, especialmente aqueles que conseguem curtir momentos com a família longe de casa, na praia, de boas, arquitetando castelos de areia ou só apreciando a vista linda do horizonte proporcionada pelo mar.
Só que as férias de quem ainda estuda nem sempre coincidem com o descanso de mães e pais, cenário que faz com que os jovens passem ainda mais tempo nos dispositivos eletrônicos, jogando ou deslizando o dedo para conferir as postagens do feed das redes sociais.
Por isso, no ano passado, nós selecionamos dicas valiosas para convidar seu filho a desintoxicar das plataformas digitais neste post aqui. Também entregamos sete livros excelentes para ler nas férias, em família.
Agora, para não perder o costume e lembrar que a vida pode ser supersaudável longe do universo on-line, separamos novas alternativas para baixinhos e jovens que nem lembram mais o que fazer nas férias longe dos celulares, tablets e laptops. Confira!
O que fazer nas férias
1. Vamos de turma (mas sem games)?
Uma bola é uma bola, mas com muitos amiguinhos em volta, a esfera redonda ganha possibilidades maiores, não é mesmo?
Combine com outros pais o rodízio de casas para incentivar encontros em que os pequenos possam socializar com a turma, mas sempre os supervisione e estimule práticas que os façam se mexer.
Vale relembrar as brincadeiras que embalavam suas próprias férias antes do mundo superdigital, e dá até para combinar uma noite do pijama com mini hot dogs e a liberação do refri que alguns adultos permitem só aos finais de semana, o que acha?
2. Master chef kids
Hora de explorar os sentidos da turma e mostrar que saber cozinhar faz parte do show da vida, desde cedo. Prepare uma receita junto com seu filho e tenha certeza de que a diversão será garantida!
A atividade deverá unir conceitos matemáticos como a medição, fração e contagem e, de cara, ainda o ajudará a construir habilidades para planejar e concluir projetos, ao seguir uma receita do começo ao fim.
Só não se esqueça que a ação deve ser monitorada, especialmente entre menores de 10 anos, já que a partir dessa idade a criança tem maiores noções sobre os perigos da cozinha, além de mais responsabilidade.
A recomendação para os menores é:
. Dos 2 aos 3 anos: idade ideal para que o pequeno possa adicionar alguns ingredientes em um recipiente e misturá-los.
. Dos 3 aos 5 anos: fase em que já são capazes de amassar ingredientes e bater frutas e alimentos leves no liquidificador.
. Dos 6 aos 9 anos: a criança já tem habilidade para manusear instrumentos como o ralador, e já pode preparar alguns alimentos, como tortas e bolos, do início ao fim.
3. Imersão cultural
Você pode se surpreender ao buscar atividades disponíveis na programação de férias do seu município e ainda estimular seu filho a expandir a mente para a criatividade.
Quando os levamos para museus, teatros, exposições de arte e fotografia, apresentações musicais e de dança, contribuímos para que desenvolvam o próprio repertório cultural e ainda nos surpreendemos com suas interpretações lúdicas e fantásticas que o tempo, infelizmente, vai privando os adultos de ver.
Lembre-se que a criança é um ser sensorial, por isso, se ela não tem o hábito de fazer esse tipo de passeio, você pode começar priorizando exposições interativas, para que ela toque nas peças, ouça sons diferentes e interaja, de alguma forma, com as obras.
Tenha certeza de que a primeira experiência ficará registrada em sua memória e que ela deverá pedir o bis!
4. Momento organização e solidariedade
Já ouviu dizer que organizar o ambiente em que vivemos também nos organiza internamente?
Por isso aquela sensação tão comum de sentir-se mais leve após uma faxina, já que o ato de higienizar nossa casa, redistribuir móveis e objetos traz, simultaneamente, mudanças significativas em nosso interior. Daí a necessidade de inserir a atividade na agenda das crianças desde cedo, estimulando a autonomia.
Comece pelo próprio quarto do pequeno e o inspire a separar brinquedos e roupas que podem ser doados. A prática será importante para que ele também aprenda a desapegar de coisas que já não são mais úteis, pelo bem de quem mais precisa.
Assim como a imersão na cozinha, a “operação faxina” traz algumas recomendações:
. Dos 2 aos 3 anos: momento para pequenas arrumações, como guardar brinquedos e livros no lugar correto, dobrar panos e toalhas pequenas, colocar as roupas sujas no cesto e descartar as fraldas na lixeira.
. Dos 4 aos 5 anos: já podem arrumar a própria cama, regar plantas, alimentar e cuidar dos pets, separar o lanche da merenda e arrumar a mochila da escola no retorno às aulas.
. Dos 6 aos 7 anos: fase de maiores responsabilidades com o lar. Aqui, já podem colocar e tirar a mesa, lavar louças pequenas, preparar saladas, limpar o próprio quarto, recolher o lixo da casa, dobrar toalhas grandes e a própria roupa, ajudar a lavar o quintal, além de varrer e passar pano.
. Dos 8 aos 9 anos: a idade já permite iniciá-los em atividades mais complexas como lustrar móveis, lavar todo tipo de louça, ajudar a cozinhar, estender roupas no varal, passar aspirador de pó e preparar o próprio lanche para a escola.
. Dos 10, 11 anos em diante: após passar por todas as etapas, as crianças já conseguem cumprir com as tarefas acima sem a supervisão de adultos, por isso, é recomendável que passem a contribuir com tarefas mais elaboradas, como o preparo da própria refeição e a higienização de cozinhas e banheiros.
A gente sabe que essa última dica não vai motivar aquele “iupi” gostoso de férias, mas se você, pai e mãe, intercalar com as demais, na certa terá conseguido unir o agradável ao necessário para a formação de um adulto preparado para a vida: percurso em que se divertir deve ser uma meta, mas sempre com responsabilidade e solidariedade.
Ótimas férias a todos!